Festival Neopop adiado para 2022

Organização do festival de Viana do Castelo garante que tentou tudo para conseguir manter a edição deste ano e lamenta falta de respostas por parte da Direcção-Geral da Saúde.

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Paulo Pimenta

O festival de música electrónica Neopop, em Viana do Castelo, foi adiado para 2022 por causa das medidas de contenção da pandemia de covid-19, anunciou esta quinta-feira a organização, num comunicado em que lamenta a falta de respostas por parte da Direcção-Geral da Saúde (DGS).

“Tudo fizemos para que pudéssemos levar o evento avante em 2021. Para isso, foi elaborado um plano de contingência extremamente robusto, com a colaboração de médicos especialistas e da Cruz Vermelha Portuguesa”, diz o comunicado, que acrescenta que a organização do Neopop esteve “em constante comunicação com o grupo de trabalho para eventos de massa definido pela DGS, no sentido de viabilizar esta edição”. Assegurando que adicionaram todas as medidas que lhes foram sendo solicitadas no âmbito desse diálogo, os responsáveis do festival lamentam não ter tido, até esta quinta-feira, qualquer resposta da DGS, que é, lembram, “a actual entidade responsável pela autorização de eventos em Portugal”.

A organização acrescenta: “Sabendo que muitos de vocês têm de organizar viagens e estadias e que nós temos um festival inteiro para produzir, não nos é possível continuar a aguardar respostas que teimam em não chegar”. No mesmo documento, são remetidas para breve novidades sobre a edição agora prevista para 2022.

Os bilhetes já comprados são válidos para o próximo ano. Por seu lado, quem optar por pedir o reembolso pode enviar um email para infoline@neopopfestival.com até ao final de Agosto.

A 15.ª edição do Neopop esteve inicialmente prevista para Agosto de 2020, mas acabou adiada para 2021 devido à pandemia, e agora volta a ser protelada. O cartaz deste ano era composto por nomes como Ricardo Villalobos, Paula Temple, Nina Kraviz, Honey Dijon, Héctor Oaks, Paco Osuna, Richie Hawtin e The Blessed Madonna, entre outros.

Por causa das restrições para limitar a propagação da covid-19, pela situação pandémica noutros países, pelos diferenciados ritmos de vacinação e pela falta de clarificação das regras de realização deste tipo de eventos, este ano foram já adiados vários festivais de música, entre os quais o ID No Limits e o CoolJazz (ambos em Cascais), o Alive (Oeiras), o Rock in Rio Lisboa, o Super Bock Super Rock (Sesimbra), o Bons Sons (Tomar), o Primavera Sound (Porto), o Boom Festival (Idanha-a-Nova), o Barroselas Metalfest, o Músicas do Mundo de Sines, o Gouveia Art Rock, o Rolling Loud (Portimão), o Summer Fest (Ericeira, Mafra), o Amplifest (Porto), o Lisb-ON (Lisboa) e o Vilar de Mouros (Caminha).

Entre Abril e Maio foram realizados quatro eventos-piloto em Braga, Coimbra e Lisboa, com plateia sentada e em pé, e com a realização prévia de testes de diagnóstico, gratuitos, aos espectadores, em colaboração com a Cruz Vermelha Portuguesa. O objectivo era definir, segundo o Governo, “novas orientações técnicas e a realização de testes de diagnóstico de SARS-CoV-2 para a realização de espectáculos e festivais”, mas ainda não são conhecidos os resultados destas iniciativas.

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