CDS exige saber a que velocidade seguia carro de Cabrita que causou vítima mortal

Francisco Rodrigues dos Santos quer saber a que velocidade seguia a viatura que transportava o ministro da Administração Interna.

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Francisco Rodrigues dos Santos OCTávIO PASSOS/lusa

O CDS exigiu nesta segunda-feira explicações a Eduardo Cabrita sobre o acidente na A6 que envolveu o carro do ministro da Administração Interna e causou a morte a um cidadão no passado dia 18 deste mês.

Em conferência de imprensa, Francisco Rodrigues dos Santos, presidente do CDS, afirmou ser “muito estranho que ainda não sejam conhecidas conclusões” sobre o que se passou na A6 no acidente “que matou Nuno Santos e que deixou mulher e duas filhas”.

“O ministro Eduardo Cabrita tem-se remetido a um silêncio ensurdecedor. Como é evidente, Eduardo Cabrita não deve ter responsabilidades pessoais nesta tragédia (…), mas também é verdade que pode ter responsabilidades políticas”, acrescentou.

O líder do CDS afirmou ainda que começa “já a ser muito tarde para que sejam tornadas públicas as circunstâncias essenciais sobre este acidente e esta demora fragiliza politicamente a posição do ministro Eduardo Cabrita”.

“A pergunta que os portugueses têm para fazer a Eduardo Cabrita é a seguinte: o senhor ministro está em condições de garantir se a viatura em que viajava seguia a menos de 120 quilómetros por hora e por isso respeitava todas as regras do Código da Estrada? Se a viatura do ministro Eduardo Cabrita viajava em excesso de velocidade tendo provocado uma morte, o ministro não tem condições políticas para se manter nem mais um segundo nas suas funções”, frisou.

Francisco Rodrigues do Santos esclareceu também que ainda não obteve resposta sobre a audiência que pediu ao Presidente da República para lhe explicar as razões por que, no entender do CDS, “o ministro Eduardo Cabrita já se devia ter demitido”.

Questionado pelos jornalistas sobre a saída do CDS do advogado Francisco Mendes da Silva, o presidente dos centristas afirmou que, desde que foi eleito presidente, “por cada militante que se desfilia entram dois novos militantes”.

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