CCDR-N quer ser mais Norte para comunicar melhor com o resto de Portugal e do Mundo

A estrutura administrativa descentralizada renovou a identidade corporativa e passa a enfatizar o “Norte” na nomenclatura da CCDR-N. A ideia é adoptar “mais e mais o radical da nossa marca. E esse radical é o Norte”, diz o presidente António Cunha.

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Branding desenvolvido pela CCDR-N define 'Norte' como marca para a região Nelson Garrido

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, apresentou nesta segunda-feira, dia 28 de Junho, um “novo sistema de branding territorial” baseado na designação ‘Norte’. No discurso proferido durante a sessão realizada na WOW, em Vila Nova de Gaia, o presidente António Cunha explicou que a ideia é unificar o “universo de assinaturas” da organização, que até ao momento se encontrava disperso. Nestas incluem-se, por exemplo, a designação da própria CCDR-N e os diversos programas que ela dinamiza, como o Programa Operacional Regional do Norte: o Norte 2030 ou o Missão Douro. Assim, passa a existir a “marca-família” Norte que, sob o mote ‘Mais a Norte’, agrega todos estes elementos, permitindo uma comunicação mais simples, acessível e eficaz para o grande público.

A apresentação foi acompanhada do lançamento de um vídeo nas redes sociais, que enfatiza a ideia de que a nova marca serve “um território, uma instituição e uma estratégia de desenvolvimento”. Para António Cunha o que está em jogo é mais do que uma simples operação de marketing ou a criação de uma chancela turística : o objectivo é promover a autonomia e vontade de afirmação da região no contexto nacional e internacional. Lembrando que o norte é “o berço histórico da Nação Portuguesa” e que os cinco distritos que a constituem (Braga, Viana do Castelo, Porto, Vila Real e Bragança) são uma “parte” de Portugal, mas não “uma parte qualquer”, o dirigente assume que o objectivo é potenciar as diversas valências da região: “humanas e culturais, económicas e empresariais, científicas e tecnológicas, rurais e urbanas”.

Nova Identidade NORTE

Vídeo promocional da CCDR-N.

António Cunha foi o primeiro presidente da CCDR-N a ser escolhido, em 2020, através dos novos moldes que o governo definiu para a eleição indirecta das estruturas administrativas regionais. Apesar da polémica causada pelo processo eleitoral baseado num colégio de autarcas - que levou Rui Moreira, inclusivamente, a abster-se de participar – António Cunha disse acreditar, durante o seu discurso, que as CCDR “irão constituir o eixo em torno do qual se reorganizará, reformará e descentralizará o Estado”.

O branding foi desenvolvido pela OPAL, empresa que promoveu uma série de workshops durante o processo de criação e consolidação da nova identidade. A mudança alicerça-se num plano mais vasto de reformulação da imagem da CCDR-N, que terá como horizonte de concretização o próximo ano: “Pretendemos desenvolver uma presença mais contemporânea e relevante junto de instituições e stakeholders regionais e nacionais, especialmente através de novas plataformas digitais” tentando, “chegar a públicos a que não chegamos actualmente”, resumiu o presidente durante a apresentação. Certo é que a palavra ‘Norte’ terá cada vez mais importância: “Queremos afirmar, mais e mais, o radical da nossa marca. E esse radical é o Norte”, sublinha António Cunha. 

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