Ovações e desilusões no primeiro dia de Wimbledon

Stefanos Tsitsipas, Petra Kvitova e João Sousa já foram eliminados. Novak Djokovic seguiu para a segunda ronda do torneio.

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Novak Djokovic LUSA/NEIL HALL

A primeira ovação, de pé, na 134.ª edição do torneio de Wimbledon foi para a vacinologista britânica Sarah Gilbert, uma das principais cientistas que contribuíram para o desenvolvimento de vacinas contra a covid-19 e convidada de honra no camarote real do prestigiado court central do All England Club. A segunda foi para Novak Djokovic, que continua sem perder em Wimbledon desde 2017. O pentacampeão do torneio e vencedor das duas últimas edições abriu, como manda a tradição, a competição no court central, sob o tecto encerrado, devido à também tradicional chuva que adiou o início da maior parte dos encontros. Djokovic levou igualmente algum tempo a impor o seu favoritismo diante do jovem Jack Draper, que surpreendeu o sérvio no primeiro set. Mas, duas horas e 25 ases depois, foi Djokovic que celebrou a passagem à segunda ronda.

“Sem dúvida que ele merece um grande aplauso. É jovem, apenas 19 anos e pouco o tinha visto jogar antes de Queen’s, onde ganhou a um par de encontros diante de jogadores mais bem classificados. Para quem entra pela primeira vez no court central de Wimbledon, ele comportou-se muito bem”, elogiou Djokovic, após vencer o teenager britânico, por 4-6, 6-1, 6-2 e 6-2.

Draper (253.º) aproveitou os conselhos que o compatriota e ex-número um mundial, Andy Murray, lhe deu e esteve à altura da ocasião, apesar de ser apenas o seu terceiro torneio no circuito principal. “Apenas aceitar tudo e não temer o momento. Ir, jogar e desfrutar”, resumiu Draper.

O primeiro dia de prova ficou marcado pela eliminação precoce de dois top 10, Stefanos Tsitsipas (4.º) e Petra Kvitova (10.ª), ambos vítimas do sorteio que lhes colocou adversários difíceis na estreia. Tsitsipas, cujo último encontro que realizou no circuito foi a final de Roland Garros, onde liderou diante de Novak Djokovic por 2-0 em sets, foi afastado por Frances Tiafoe (57.º). Perante um adversário sem chama e que não soube aproveitar os sete break-points de que dispôs, o norte-americano somou a sua primeira vitória sobre um top 5, com os parciais de 6-4, 6-4 e 6-3.

Kvitova, bicampeã de Wimbledon, em 2011 e 2014, somou 20 erros não forçados diante da também experiente Sloane Stephens (73.ª), vencedora do US Open 2017, ajudando à vitória da norte-americana, por 6-3, 6-4.

Em contraste, Aryna Sabalenka (4.ª) derrotou Monica Niculescu (191.ª), por 6-1, 6-4, e Garbiñe Muguruza (12.ª), campeã em 2017, levou somente 50 minutos para levar de vencida a francesa Fiona Ferro (51.ª), por 6-0, 6-1.

Eliminado foi também João Sousa (120.º), que continua sem ganhar num torneio do Grand Slam desde 2019, quando chegou, em Wimbledon, aos oitavos-de-final. Frente ao veterano italiano Andreas Seppi (90.º). o vimaranense entrou melhor, mas esteve perdulário nos break-points, concretizando somente três de 21 oportunidades e acabando por ceder ao fim de três horas e 13 minutos: 4-6, 6-4, 7-5 e 6-2.

A representação portuguesa fica agora a cargo de Pedro Sousa (121.º), que vai estrear-se no quadro principal de Wimbledon defrontando o italiano Lorenzo Sonego (27.º), recém-finalista do torneio de Eastbourne, também em relva. Independentemente do resultado, Pedro vai ultrapassar João na tabela ATP e passar a ser o melhor tenista nacional no ranking.
 

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