Verdes perdem terreno na Alemanha para a União de Angela Merkel

Chanceler alemã não é candidata às eleições de Setembro, mas a escolha de um seguidor da sua linha, Armin Laschet, parece ter revigorado a União da CDU/CSU.

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Armin Laschet foi escolhido em Abril como candidato à sucessão de Angela Merkel Reuters/MICHELE TANTUSSI

A coligação da chanceler alemã, Angela Merkel, continua a alargar ligeiramente a sua vantagem sobre os Verdes nas sondagens, a caminho das eleições legislativas de 26 de Setembro.

Depois de um breve período em que os ecologistas chegaram a registar mais intenções de voto do que os democratas-cristãos, a escolha de Armin Laschet como candidato à sucessão de Merkel, há dois meses parece ter dado um novo fôlego à CDU/CSU (conhecida como União).

De acordo com uma sondagem do instituto Insa para o jornal Bild am Sonntag, publicada este domingo, a União do centro-direita recolhe 28% das intenções de voto, mais nove pontos do que os Verdes, que mantêm a segunda posição (19%), mas perdem terreno para os sociais-democratas do SPD (17%).

Em relação à anterior sondagem para o jornal alemão, a CDU/CSU mantém o mesmo resultado, os Verdes descem um ponto e o SPD sobe um ponto, ficando a apenas dois pontos percentuais do partido ecologista.

Mais lá para baixo, os Democratas Livres (FDP), liberais — dados como favoritos para uma eventual coligação de Governo com a CDU/CSU —, perdem também um ponto percentual e têm agora 12% das intenções de voto.

A fechar a sondagem surge a extrema-direita da AfD (Alternativa para a Alemanha), com 11%, e a esquerda radical do Die Linke, com uma subida de 6% para 7%.

Não é raro, na Alemanha, que os resultados eleitorais sejam diferentes das tendências apontadas pelas sondagens, mas se o cenário actual se mantiver até 26 de Setembro, é provável que só haja uma potencial coligação com votos suficientes para formar Governo — a CDU/CSU, com Armin Laschet como chanceler, e os Verdes de Annalena Baerbock.

Pela primeira vez desde 2005, Angela Merkel não se candidata à liderança do Governo alemão, num momento particularmente difícil para o país e para a União Europeia, com a pandemia de covid-19 a dominar os esforços para a recuperação das economias.

A sondagem do instituto Insa para o Bild am Sonntag ouviu 1203 pessoas, entre os dias 21 e 25 de Junho, e tem uma margem de erro de 2,8 pontos percentuais.

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