A análise individual aos jogadores de Portugal

Um por um, o PÚBLICO analisa e pontua os jogadores da selecção portuguesa no duelo frente à Bélgica.

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Renato Sanches LUSA/Jose Manuel Vidal / POOL

Rui Patrício – 5/10

Foi um espectador durante praticamente o jogo todo. No lance do golo, pareceu um pouco mal batido, dada a distância a que Thorgan Hazard rematou, mas a potência e o efeito que a bola levou ilibam o guarda-redes português.

Diogo Dalot – 7/10

Belo jogo do jovem lateral direito português, que fez a sua primeira partida a titular neste Euro 2020. Seguro a defender, foi muito participativo quando foi preciso atacar, mostrando-se destemido e sem medo de ter a bola. O único momento de descontrolo que teve foi quando viu um cartão amarelo desnecessário por pontapear a bola para longe após uma falta da qual discordou. Terminou o encontro extenuado de tantas vezes que fez o corredor.

Pepe – 7/10

Esteve bem durante quase todo o jogo, “limpando” o que havia para “limpar” na defesa portuguesa. E no período de desespero de Portugal, em que foi para a frente, foi um poço de força contribuindo com várias recuperações de bola. Nota negativa apenas aos 77’, quando entrou de forma intempestiva e desnecessária sobre Thorgan Hazard, levando a que visse um cartão amarelo e que o jogo tivesse preciosos minutos parado com a polémica.

Rúben Dias – 6/10

O central português esteve sólido a defender. Mas onde mais se destacou foi num excelente cabeceamento a oito minutos dos 90, que merecia melhor sorte. A bola foi à figura de Courtois e Portugal voltava a falhar uma boa oportunidade de reduzir a desvantagem.

Raphaël Guerreiro –6/10

Seguro do ponto de vista defensivo, tentou ajudar como podia nas movimentações ofensivas. Aos 83’ teve nos pés a hipótese de marcar, mas o remate que efectuou de primeira, à entrada da área, foi caprichosamente embater no poste esquerdo da baliza de um já batido Courtois.

Palhinha – 6/10

O médio defensivo cumpriu no seu primeiro jogo a titular neste Europeu. Com a missão de ser o primeiro auxílio dos dois centrais portugueses foi o tampão que Fernando Santos queria na entrada da área portuguesa. O único aspecto negativo foi o de ter abusado um pouco das faltas, tendo escapado à expulsão numa das muitas disputas de bola que manteve com o possante Lukaku. Mas parar o avançado belga não é fácil…

João Moutinho – 6/10

Serviu, durante o primeiro tempo, para equilibrar a luta no meio-campo e durante esse período foi útil à selecção nessa função. No segundo tempo, quando Portugal precisava de mais do que apenas controlar as operações, tornou-se dispensável e saiu pouco depois do intervalo.

Renato Sanches - 7/10

Mais um belo jogo do médio português. Correu imenso no primeiro tempo, na missão de tentar interromper o mais cedo possível a construção de jogo da Bélgica e ainda encontrou forças para construir algumas jogadas de ataque. Jogou com o corpo, como disse que devia fazer numa conferência de imprensa antes da partida de ontem, e foi inteligente quando teve a bola nos pés. Uma arrancada, aos 40’, em que suportou a carga de dois adversários e ainda foi capaz de lançar Bernardo Silva de forma perigosa no ataque, pode servir na perfeição como a sua imagem de marca. No segundo tempo, baixou um pouco de produção e começou a estar demasiado obcecado em rematar à baliza belga na entrada da área. Foi substituído a cerca de um quarto de hora do fim quando Portugal apostou tudo no ataque.​

Bernardo Silva – 4/10

Mais um jogo muito abaixo das suas potencialidades. Passou despercebido praticamente toda a partida, em especial no ataque. Esteve sempre mais preocupado em tapar o flanco para as arrancadas de Thorgan Hazard do que em criar perigo junto da área adversária. Na vez em que esteve desatento nessa missão defensiva, chegou tarde para fazer a cobertura e o lateral belga rematou com espaço para o golo.

Diogo Jota – 4/10

Tal como o seu colega no flanco oposto, Diogo Jota esteve aquém do que já mostrou ser capaz de fazer. Esteve um pouco mais interventivo do que Bernardo Silva no ataque, mas pecou na finalização, desperdiçando duas boas chances de golo: a primeira logo aos 6’, rematando ao lado; a segunda aos 58’, no interior da área belga, disparando por cima da barra.

Cristiano Ronaldo – 7/10

Não fez um jogo de “encher o olho”, mas fez o possível para inclinar o jogo para o lado de Portugal. Em especial de bola parada. Courtois, contudo, impediu-o de brilhar na vez em que esteve mais perto de festejar em toda a partida: um livre aos 25’ foi parado em estilo pelo guarda-redes belga. De resto, o capitão português ainda teve uma outra tentativa de bola parada, que embateu na barreira belga e “assistiu” Jota no segundo tempo, num lance desperdiçado pelo colega.

Bruno Fernandes – 4/10

Foi uma das primeiras opções de Fernando Santos para dar maior andamento ao ataque português, especialmente na zona do meio-campo. Mas este Europeu não foi o de Bruno Fernandes. Para além da presença na zona frontal da área belga pouco mais trouxe à equipa portuguesa e nem a sua famosa meia-distância funcionou.

João Félix – 4/10

Péssima entrada em campo do jovem português que não trouxe nada ao ataque português. Lento nas movimentações, mostrou uma frágil condição física e não foi capaz de desequilibrar entre linhas, como Fernando Santos certamente desejaria.

André Silva 5/10

Ainda teve nos pés a oportunidade de chegar ao empate, mas Courtois foi mais forte do que o vice-goleador da Bundesliga, que entrou em campo quando Portugal já estava “em cima” dos belgas. Sem espaço para procurar a profundidade, o jogo nunca esteve a seu gosto e foi pouco influente na altura em Portugal mais precisava do seu instinto goleador.

Danilo – 6/10

Entrou na altura do “desespero” português e fez dois cortes decisivos que evitaram o segundo golo belga, numa altura em que o jogo estava “partido” e Portugal completamente balanceado para o ataque.

Sérgio Oliveira – 6/10

Foi para o campo quando Portugal tentava o tudo por tudo para chegar à igualdade. Ajudou em várias recuperações de bola, mas teve pouco tempo para influenciar o jogo de Portugal.

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