Covid-19: duas mortes e 1568 casos. Quinto dia consecutivo com mais de mil infecções no país

É também o terceiro dia consecutivo com mais de mil casos detectados na região de Lisboa e Vale do Tejo. Há 447 pessoas hospitalizadas, mais 16 do que no dia anterior, sendo que mais cinco estão nos cuidados intensivos (total de 113).

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Paulo Pimenta

Registaram-se esta sexta-feira mais duas mortes por covid-19 e 1568 casos em Portugal, de acordo com o boletim epidemiológico da Direcção-Geral da Saúde (DGS) divulgado neste sábado.

Desde o início da pandemia, o país soma 873.051 infecções confirmadas e 17.083 vítimas mortais.

O relatório de situação dá conta de 447 pessoas hospitalizadas, mais 16 do que no dia anterior, sendo que mais cinco estão nos cuidados intensivos (total de 113).

Este é o quinto dia consecutivo com mais de mil casos notificados, um registo que bate a semana anterior, que teve 973 casos identificados na segunda-feira, 14 de Junho, e só a partir de terça-feira começou a somar mais de um milhar de infecções identificadas. Para uma sequência semelhante é preciso recuar a Fevereiro, quando houve mais de mil casos identificados do dia 23 até ao dia 27 (cinco dias). Antes disso, até ao boletim de 22 de Fevereiro (549 casos) um registo diário na casa dos milhares de casos era mesmo a norma: é preciso recuar até 7 de Outubro para encontrar novamente um dia com o valor na ordem das centenas.

Foram dadas como recuperadas mais 1249 pessoas, aumentando assim o total de recuperações para 825.209. Isto significa que quase 95% dos casos já recuperaram da doença, sendo que 1,96% resultaram em morte. Excluindo recuperações e óbitos, há neste momento 30.759 casos activos (mais 317 que no dia anterior), cerca de 3,5% dos casos identificados.

Lisboa e Vale do Tejo continua a concentrar a maioria dos casos, com perto de dois terços dos identificados esta sexta-feira (66%). É o terceiro dia consecutivo com mais de mil casos identificados (1039), algo que não acontecia também desde Fevereiro. Uma das duas mortes a lamentar na sexta-feira foi nesta região, que soma um máximo nacional de 7254 óbitos. A outra morte foi registada nos Açores, algo que já não acontecia há um mês: a última vítima mortal na região autónoma fora reportada a 24 de Maio (boletim de dia 25).

A segunda região com mais casos identificados na sexta-feira foi o Norte, com 196 casos. Segue-se o Algarve, com 163, o Centro, com 119, o Alentejo (33), os Açores (12) e a Madeira (mais seis casos).

Os indicadores da matriz de risco, que servem para avaliar o avanço ou recuo no desconfinamento, só são actualizados nos boletins das segundas, quartas e sextas-feiras. Na matriz mais recente, o índice de transmissibilidade – o número de pessoas que são infectadas por alguém – desceu ligeiramente para 1,14 a nível nacional, e para 1,15 no território continental. No balanço anterior, o R(t) era de 1,17 em Portugal e de 1,18 no continente.

Por outro lado, a incidência a nível nacional manteve a tendência crescente, sendo agora de 137,5 casos de infecção por 100 mil habitantes a 14 dias (na actualização anterior era de 128,6). Se considerarmos só os registos do continente, a incidência situa-se, actualmente, em 138,7 (antes era de 129,6). Portugal continua, por isso, na “zona vermelha” da matriz.

O relatório de situação divulgado na sexta-feira mostra também que o número de concelhos acima do limite de incidência de 120 casos de covid-19 por 100 mil habitantes voltou a aumentar na última semana. Entre a passada e esta sexta-feira, o número de municípios acima do limite estabelecido pelo Governo passou de 40 para 58. Significa isto que quase um quinto (19%) do total de municípios do país (308) apresenta uma incidência superior a 120 casos de covid-19 por 100 mil habitantes.

Entre estes 58 municípios encontram-se todos os da Área Metropolitana de Lisboa, na qual é proibido entrar e sair ao fim-de-semana. Entre esses, os concelhos com mais casos são Lisboa (438), Sesimbra (391), Moita (324), Barreiro (294) e Oeiras (291).

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