BE quer travar confinamentos e apresenta medidas alternativas

Bloquistas criticam Governo por fazer gestão a curto prazo e pede reforço do Serviço Nacional de Saúde.

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Dirigente do Bloco critica gestão de curto prazo do Governo LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO

O Bloco de Esquerda criticou este sábado as medidas de confinamento de uma região para combater a covid-19, como está a acontecer na Área Metropolitana de Lisboa, apresentando uma série de “medidas alternativas” para conter o que os bloquistas definem como a quarta vaga a pandemia.

“O primeiro passo é conter e quebrar as cadeias de transmissão” das infecções, defendeu a coordenadora do partido, Catarina Martins em conferência de imprensa realizada em Lisboa. “As medidas de confinamento de uma região não são necessariamente as mais capazes”, acrescentou.

Numa altura em que a nova vaga da pandemia já é encarada de outra forma, “por já haver vacinação e já se ter aprendido com as outras vagas”, Catarina Martins sublinhou que o grande objectivo agora é “evitar um novo confinamento”.

“Mais do que parar a actividade, é preciso fazer a actividade de outra forma, mais ao ar livre e evitando aglomerados”, afirmou. Por outro lado, referiu, é preciso “recuperar o SNS [Serviço Nacional de Saúde] e os cuidados “não-covid” e deixar de fazer uma gestão das equipas de saúde “ao mês”.

“O Governo fez sempre gestão a curto prazo da pandemia e as equipas de saúde pública continuam a ser contratadas ao mês”, mas é preciso “ter equipas mais estáveis e durante períodos muito mais longos para que a resposta seja mais consistente”, considerou.

A dirigente do Bloco destacou a necessidade de, para além dos testes e da vacinação, fazer rastreios a tempo. “Se isso não for feito, tememos que esta vaga se espalhe ao resto do território”, alertou.

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