Covid-19: Criadores de vacinas recebem Prémio Princesa das Astúrias

Sete investigadores partilham a distinção deste ano.

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Os cientistas premiados DR

O Prémio Princesa das Astúrias para a Investigação Científica e Técnica 2021 foi concedido, em Oviedo, Espanha, a sete cientistas e médicos que contribuíram ao desenvolvimento de várias vacinas contra a covid-19.

Os cientistas homenageados são a bióloga húngara Katalin Karikó; o imunologista norte-americano Drew Weissman; os médicos alemães Ugur Sahin e Ozlem Tureci; o biólogo canadiano Derrick Rossi; a vacinologista britânica Sarah Gilbert; e o bioquímico norte-americano Philip Felgner.

De acordo com a Fundação Princesa das Astúrias, eles contribuíram, de forma independente, para “o desenvolvimento de algumas das vacinas aprovadas até à data”.

O júri explicou que todas essas vacinas foram centradas em diferentes estratégias, que têm como “alvo comum” a proteína da espícula, que está presente na superfície do vírus e facilita a sua ligação e entrada nas células humanas.

O júri considera que os vencedores são os protagonistas de “um dos eventos mais notáveis da história da ciência” e o seu trabalho é “um excelente exemplo da importância da ciência básica para a protecção da saúde global”. O júri conclui que o trabalho dos sete cientistas abre “um caminho de esperança para a sua utilização contra outras doenças”.

Este foi o sétimo dos oito Prémios Princesa das Astúrias deste ano, atribuído esta quarta-feira, depois de o galardão para a Comunicação e Humanidades ter sido atribuído à jornalista e escritora norte-americana Gloria Steinem; para as Artes à artista sérvia Marina Abramovic; para as Ciências Sociais ao economista indiano Amartya Sem; para o Desporto à nadadora espanhola Teresa Peralves; para as Letras ao escritor francês Emmanuel Carrère; e para a Cooperação Internacional à organização Campanha para a Educação Feminina (CAMFED).

O Prémio Princesa das Astúrias para a Investigação Científica e Técnica foi atribuído em 2020 aos matemáticos Yves Meyer (francês), Ingrid Daubechies (belga e norte-americana), Terence Tao (australiano e norte-americano) e Emmanuel Candès (francês) pelas suas contribuições “pioneiras e de grande alcance para as modernas teorias e técnicas de processamento de dados matemáticos e de sinais”.

Em edições anteriores, foram premiados com o mesmo galardão, entre outros, a norte-americana Joanne Chory e a argentina Sandra Myrna Díaz (2019); Svante Paabo (2018); Rainer Weiss, Kip S. Thorne, Barry C. Barish e a Colaboração Científica LIGO (2017); e Hugh Herr (2016).

Os Prémios Princesa das Astúrias distinguem, em termos gerais, o “trabalho científico, técnico, cultural, social e humanitário” realizado por pessoas ou instituições a nível internacional. O galardão destinado à Investigação Científica e Técnica é atribuído “a trabalhos sobre a criação e desenvolvimento da investigação, descoberta e/ou invenção em matemática, astronomia e astrofísica, física, química, ciências da vida, ciências médicas, ciências da terra e do espaço e ciências tecnológicas”.

Cada prémio consiste numa escultura do pintor e escultor espanhol Joan Miró (símbolo que representa o galardão), 50.000 euros, um diploma e uma insígnia, que, até 2019, foi entregue numa cerimónia solene presidida pelo rei de Espanha, Felipe VI, no teatro Campoamor, em Oviedo.

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