Produtora de Spielberg chega a acordo com a Netflix

Spielberg rendeu-se e vai produzir anualmente vários filmes para a plataforma de streaming que já quis ver fora da corrida aos Óscares.

Foto
Steven Spielberg assinou com a Netflix mas mantém o seu contrato com os estúdios da Universal Reuters/MIKE BLAKE

A Amblin Partners, produtora do cineasta Steven Spielberg, chegou a acordo com a Netflix para produzir anualmente vários filmes para esta plataforma de streaming.

O contrato será cumprido em paralelo ao acordo que o cineasta tem com os estúdios da Universal para realizar e lançar longas-metragens de grande orçamento nos cinemas.

“Desde o momento em que começámos a falar sobre uma parceria [com a Netflix], ficou muito claro que tínhamos uma oportunidade incrível de contar histórias juntos e alcançar o público de novas maneiras”, disse Spielberg em comunicado.

Desde que Roma ganhou o Óscar de melhor filme estrangeiro, a Netflix redobrou sua aposta nas longas-metragens e emergiu como mais um concorrente dos estúdios de Hollywood.

Spielberg parece, assim, ter-se rendido à Netflix. No passado, foi precisamente este Roma, de  Alfonso Cuarón, que levou o cineasta a pedir à Academia de Hollywood que revisse os seus regulamentos para impedir que filmes do universo da plataforma de streaming pudessem entrar na corrida aos principais prémios da indústria cinematográfica lado a lado com os saídos dos grandes estúdios. O realizador defendia, então, que os filmes Netflix deveriam concorrer aos Emmys, os prémios para programas e profissionais da televisão, mas não aos Óscares.

Num contexto de pandemia, a plataforma adquiriu filmes de outros estúdios, caso de The Chicago 7 Trial - produzido pela Amblin - que a Paramount não conseguiu lançar nos cinemas e que se tornou num dos maiores sucessos da sua última temporada.

A Amblin é responsável por sucessos como Green Book, que ganhou o Óscar de melhor filme em 2019, e 1917, nomeado para o mesmo prémio em 2020.

Sugerir correcção
Comentar