Países Baixos seguem invictos para Budapeste

Com Depay e Wijnaldum em evidência, os holandeses derrotaram em Amesterdão a Macedónia do Norte, por 3-0, e qualificaram-se 100% vitoriosos para os oitavos-de-final do Euro 2020.

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Reuters/PIROSCHKA VAN DE WOUW

Três jogos, três vitórias e, como se previa, os Países Baixos seguem sem falhas para os oitavos-de-final do Euro 2020. Perante adversários com um grau de dificuldades pouco elevado e a jogarem sempre em Amesterdão, os holandeses garantiram um percurso 100% vitorioso no Grupo C ao derrotarem no Johan Cruyff Arena a Macedónia do Norte, por 3-0. A selecção comandada por Frank de Boer ruma agora para Budapeste onde, no próximo domingo, vai defrontar um dos quatro melhores terceiros classificados – Portugal é um dos possíveis rivais da equipa “laranja”.

Depois das vitórias nos dois primeiros jogos, contra a Ucrânia (3-2) e a Áustria (2-0), com exibições q.b., os Países Baixos chegaram à última jornada do Grupo C já com o primeiro lugar garantido, mas, ao contrário do que ser expectável, Frank de Boer não deu folga às principais figuras da sua equipa.

O antigo defesa do Ajax e do Barcelona, optou por retirar da equipa apenas o médio defensivo da Atalanta Marten de Roon e o goleador do Wolsburgo Wout Weghorst, lançando para os seus lugares o jovem de apenas 19 anos Ryan Gravenberch e Donyell Malen. As alterações, não mudavam o sistema táctico predilecto de Frank de Boer: 3x5x2.

Estreante em competições da envergadura de um Europeu, para a Macedónia do Norte já só estava em causa a honra e o desejo de dar uma despedida condigna à sua principal figura. A pouco mais de um mês de cumprir 38 anos, Goran Pandev tinha confirmado na antevisão da partida que o duelo contra os holandeses seria “o momento certo de dizer adeus” à sua selecção e, sem surpresa, o avançado que se destacou na Serie A ao serviço e clubes como a Lazio, o Inter ou o Nápoles, foi o jogador mais avançado do país da antiga Jugoslávia, num “onze” onde estava também o ex-sportinguista Stefan Ristovski.

Sem que nenhuma das selecções tivesse muito a perder, o jogo em Amesterdão acabou por ser entretido. Sem a pressão do resultado, holandeses e macedónios procuraram sempre o golo e conseguiram criar oportunidades, mas, na primeira parte, a qualidade e alguma felicidade fez a diferença a favor dos Países Baixos: aos 22’, Trajkovski acertou no poste holandês; dois minutos depois, Depay combinou com Malen e fez o primeiro golo de pé esquerdo.

A vencer, de Boer aproveitou o intervalo para dar descanso a duas peças importantes na defesa (de Vrij e Dumfries), mas a qualidade no ataque mantinha-se e, num ápice, os macedónios foram ao tapete.

Aos 51’, Depay juntou uma assistência ao golo e ofereceu a Wijnaldum o 2-0. Pouco depois, os protagonistas foram os mesmos, mas após uma defesa de Dimitrievski a remate de Depay, Wijnaldum aproveitou o ressalto para bisar.

A partir daí, apesar de terem surgido um par de oportunidades para ambas os lados, o resultado não sofreu mais alterações, mas um dos momentos da partida aconteceu aos 68’, quando Pandev foi substituído e aplaudido por colegas de equipa e rivais.

Com a missão cumprida no Grupo C, os Países Baixos vão agora deixar o conforto de jogar no Johan Cruyff Arena e seguir para Budapeste, onde o nível de exigência para a equipa de Frank de Boer será garantidamente superior. O nome do rival dos holandeses no Puskás Arena, nos oitavos-de-final, será apenas conhecido nesta terça-feira, quando terminar a terceira jornada dos seis grupos, mas, entre os possíveis adversários dos holandeses, está Portugal: se a selecção nacional for um dos quatro melhores terceiros classificados, é quase certo que vai manter na Hungria e defrontar os Países Baixos.

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