Torrey Pines mostra as suas garras no Open dos EUA

Apenas 22 jogadores abaixo do Par do campo no final do primeiro em San Diego, Califórnia

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A jogar na sua cidade natal, Xander Schauffele foi um dos melhores no primeiro dia do Open dos EUA © US Open

Devido a um atraso de uma hora e meia provocado pelo nevoeiro, a primeira volta do Open dos EUA ficou ontem incompleta no campo Sul de Torrey Pines, em San Diego, Califórnia. Quando a jornada inaugural foi interrompida, Russell Henley liderava na clubhouse com o resultado de 71 pancadas, 4 abaixo do Par 71, e o sul-africano Louis Oosthuizen, estava empatado com ele na frente com 16 buracos jogados.

Se Torrey Pines, por si só, já é um teste exigente, para o Open dos EUA está naturalmente mais difícil. E com o vento que soprou do oceano Pacífico, tornou-se um duríssimo teste para os 156 jogadores presentes naquele que é o terceiro major do ano. Apenas 22 jogadores somavam um resultado abaixo do par quando a prova foi interrompida ao anoitecer, numa altiura em que ainda havia 36 jogadores em campo.

O italiano Francesco Molinari e o espanhol Rafa Cabrera-Bello eram terceiros com 68 (-3) e no 5.º lugar surgia um forte grupo com -2, composto por Brooks Koepka, n.º 10 mundial e vencedor do Open dos EUA em 2017 e 2018; Xander Schauffele, n.º 6 mundial, a jogar na sua cidade natal de San Diego; e o japonês Hideki Matsuyama, recente vencedor do Masters de Augusta National (o primeiro major do ano). 

Desde a última volta da edição de 2016, no Oakmont Country Club, em Pittsburgh, Koepka leva 11 de 14 voltas no Open dos EUA na faixa das 60 pancadas. “Tenho um plano de jogo, estou concentrado, sei que o estou a fazer e não faço nada que não possa fazer. No Open dos EUA é tudo sobre disciplina. Acho que é a essência”, disse. 

Koepka, Schauffele e Matsuyama concluíram com 69 (-2), tal como o desconhecido Hayden Buckley. O espanhol Jon Rahm, n.º 3 mundial, e o colombiano Sebastian Muñoz também estão com -2 mas ainda com a volta incompleta, tendo o primeiro um buraco apenas para jogar na manhã desta sexta-feira e o segundo quatro. 

Rahm está de volta à competição depois da desistência forçada de há duas semanas no Memorial Tournament devido a um teste positivo de covid, quando estava imparável rumo à revalidação do título após três voltas disputadas em Muirfield Village. Torrey Pines foi onde ele conquistou, em Janeiro de 2017, a primeira das suas cinco vitórias no PGA Tour. 

Segue-se um grupo de 12 jogadores com -1, entre eles Patrick Cantlay, que acabou por ser o vencedor do Memorial e que é o n.º 7 mundial,  e Matthew Wolf (70), que na última edição do Open dos EUA, em Winged Foot, Nova Iorque, foi vice-campeão. 

E o campeão em título, Bryson DeChambeau, n.º 5 mundial? Depois de ter feito uma série de 6 bogeys em 11 buracos, entre o 3 e o 13, jogou os últimos dois buracos em 2 abaixo do par para marcar 73 (+2), estando nos 61.ºs e no limite do cut

Outros notáveis que terão muito trabalho pela frente para passar o cut no final da segunda volta são Colin Morikawa (75), n.º 4 mundial; Jordan Spieth (77), campeão em 2015; Phil Mickelson (75), que tão brilhantemente venceu em Maio, com 50 anos, o PGA Championship (o segundo major do ano); e Webb Simpson (79), campeão em 2012 e n.º 12 mundial. 

O n.º 1 mundial Dustin Johnson, campeão em 2016, seguia em Even Par com 17 buracos jogados, tal como o seu parceiro de grupo Rory McIlroy, campeão em 2011 e n.º 11 mundial. 

Russell Henley, o líder na clubhouse, actual 63.º mundial, fez menos 12 pancadas do que na última volta que jogou em Torrey Pines, por ocasião do Farmers Insurance Open de 2014. Quanto a Oosthuizen, 18.º mundial, já com um major no seu palmarés (The Open Championship de 2010, em St. Andrews), foi vice-campeão no PGA Championship (empatado com Koepka), naquele que foi o seu quinto segundo lugar em provas do Grand Slam. Com dois buracos ainda por jogar, está em posição privilegiada para finalizar os primeiros 18 buracos como líder isolado.

 

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