Taxa de juro do crédito à habitação renovou mínimos em Maio

Os contratos celebrados nos últimos três meses registaram, por seu turno, uma ligeira subida, depois de oito meses de quedas consecutivas.

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DIOGO VENTURA

A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação fixou-se em 0,820% em Maio (0,826% no mês anterior), mantendo uma trajectória de descida consecutiva desde Setembro de 2020, que tem renovado mínimos.

Nos novos contratos, verificou-se, no entanto, uma ligeira subida. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta quinta-feira, a taxa de juro dos contratos celebrados nos últimos três meses subiu de 0,655% em Abril para 0,677% em Maio, interrompendo a trajectória recente.

No conjunto dos contratos, o capital médio em dívida aumentou 96 euros, fixando-se em 56.011 euros, e a prestação média também subiu um euro, para 232 euros. “Deste valor, 38 euros (16%) correspondem a pagamento de juros e 194 euros (84%) a capital amortizado”, avança o INE, uma situação que é explicada pelas baixas taxas de juro associadas a este crédito (em muitos casos em valores negativos), o que faz aumentar a componente de amortização de capital.

Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação subiu quatro euros, para 280 euros, e o montante médio do capital em dívida foi 114.355 euros, menos 397 euros que em Abril.

A taxa de juro média anual implícita nos contratos de crédito à habitação fixou-se em 0,957%, em 2020, 10,3 pontos base abaixo do valor verificada em 2019. E ficou, pela primeira vez, abaixo de 1%, reflectindo a evolução cada vez mais negativa das taxas Euribor, mas também a redução progressiva dos spreads ou margem comercial dos bancos, nos últimos anos.

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