Marcelo faz intervenção nas Nações Unidas no dia da posse de Guterres

Está previsto que o Presidente da República profira uma intervenção na sessão plenária da Assembleia Geral das Nações Unidas.

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Marcelo e Guterres à chegada à Cimeira Climática, em 2019 LUSA/UN Photo/Evan Schneider

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai fazer uma intervenção nas Nações Unidas, em Nova Iorque, na sexta-feira, dia em que António Guterres tomará posse para um segundo mandato como secretário-geral desta organização.

A Presidência da República divulgou nesta quarta-feira uma nota a confirmar que “o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa estará em Nova Iorque no dia 18 de Junho para participar na cerimónia de tomada de posse do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres”.

“Está previsto que profira uma intervenção na sessão plenária da Assembleia Geral das Nações Unidas que confirmará a designação do secretário-geral português para um segundo mandato à frente da ONU”, lê-se nesta nota, publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet.

Segundo a mesma nota, “durante a estada de um dia em Nova Iorque, o Presidente da República manterá ainda vários encontros bilaterais, incluindo com o secretário-geral António Guterres e com o presidente da 75.ª Sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas, Volkan Bozkir”.

A Assembleia da República aprovou hoje a deslocação de Marcelo Rebelo de Sousa a Nota Iorque, entre 17 e 20 de Junho, para assistir à posse de António Guterres para um segundo mandato como secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Na sexta-feira, 18 de Junho, a Assembleia Geral das Nações Unidas irá reunir-se em sessão plenária, a partir das 9h locais (14h em Lisboa), para aprovar a recomendação do Conselho de Segurança para a recondução de António Guterres como secretário-geral.

No mesmo dia, depois da confirmação formal da sua recondução, António Guterres irá prestar juramento e tomar posse como secretário-geral para um segundo mandato de cinco anos, até ao fim de 2026.

Em 8 de Junho, o Conselho de Segurança das Nações Unidas — do qual fazem parte 15 dos 193 Estados-membros desta organização aprovou por unanimidade um documento, que seguiu para a Assembleia Geral, a recomendar a recondução de António Guterres no cargo de secretário-geral.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, saudou no próprio dia o apoio do Conselho de Segurança à recandidatura de António Guterres, declarando ter recebido essa notícia com “muita alegria”.

Marcelo Rebelo de Sousa, que se encontrava na Madeira para as comemorações do Dia de Portugal, considerou de “um prestígio enorme para Portugal esta aceitação a nível mundial de países tão diferentes como os Estados Unidos da América, o Reino Unido, a França, a República Popular da China e a Federação Russa”.

No seu entender, António Guterres teve um primeiro mandato “muito difícil” como secretário-geral das Nações Unidas, em que conviveu com “uma administração norte-americana muito unilateralista, não multilateral, muito proteccionista”, de Donald Trump.

“Foi um mandato muito difícil, e ele conseguiu ultrapassá-lo. Eu espero que este próximo mandato, se for confirmada, como tudo indica, a sua reeleição, seja não direi mais fácil, mas menos complicado do que foi o mandato anterior”, acrescentou.

Em 2016, o Presidente da República assistiu também à cerimónia de juramento de António Guterres como secretário-geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, no dia 12 de Dezembro, juntamente com o primeiro-ministro, António Costa. O primeiro mandato de cinco anos de António Guterres como secretário-geral da ONU iniciou-se 20 dias mais tarde, em 1 de Janeiro de 2017.

A recandidatura de Guterres, para a qual o antigo primeiro-ministro se disponibilizou no início deste ano, foi oficialmente anunciada pelo Governo português em 24 de Fevereiro, com uma carta assinada por António Costa endereçada aos dois órgãos da ONU.

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