Aqui, até numa antiga ordenha há pinturas: o Sm’arte regressa a Bragança

O Festival de Street Art - Sm’arte tem palco nas aldeias de Bragança. As intervenções artísticas acontecem de 16 a 20 de Junho, em locais fora do comum, como o edifício de uma antiga ordenha.

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Este ano o Sm'arte, festival de arte de rua de Bragança, desenvolve-se exclusivamente em sete aldeias do concelho e com vários artistas a criarem em locais diferentes, como uma antiga sala de ordenha. 

O anúncio foi feito a 15 de Junho pelo município de Bragança, que há cinco anos promove o Festival de Street Art - Sm'arte e que já soma cerca de cinquenta trabalhos de artistas de renome como Bordalo II, espalhados por toda a cidade.

Este ano, a autarquia investe 10 mil euros no evento e leva o festival ao meio rural entre os dias 16 e 20 de Junho, com intervenções nas aldeias de Baçal, Deilão, Mós, Santa Comba de Rossas, São Julião de Palácios, Rebordãos e Zoio. Conhecidas pelo seu património natural, cultural e etnográfico, estas aldeias vão transformar-se no palco de criação dos artistas locais Duarte Saraiva, Lucky Hell e Trip Dtos e do colectivo Ruído (Draw e Contra), Mário Belém, Zela e Fedor Rua Duarte.

Os locais escolhidos para as intervenções são a sede de uma Junta de Freguesia, um posto de transformação de energia, uma escola primária já desactivada, um pavilhão multiúsos, a sede de uma associação e o edifício de uma antiga ordenha.

Segundo o Presidente da Câmara, Hernâni Dias, os artistas têm liberdade de criação, embora o município tenha intervenções em torno do tema Bragança. A ideia, segundo o autarca, é aproveitar a campanha lançada no concelho há dois anos consecutivos para cativar turistas através dos recursos e riquezas naturais locais, muitos deles centrados no meio rural.

Estas aldeias passarão, de acordo com Hernâni Dias, a integrar o roteiro das cerca de 50 intervenções em espaço público concretizadas ao longo de quatro edições do Sm'arte.

Com a mudança do Festival de Street Art - Sm'arte para as aldeias, o município propõe-se “promover a coesão territorial concelhia e novas dinâmicas turísticas nas aldeias, dinamizar e promover a Rota da Terra Fria e evitar o esgotamento de espaços na cidade para este tipo de intervenções”.

Hernâni Dias acredita que a arte urbana nas aldeias promoverá um fluxo de visitantes, nomeadamente durante a realização das obras nos próximos dias para acompanhamento dos trabalhos em execução pelos artistas.

A aposta na arte urbana, com a realização do festival e as intervenções existente na cidade, levou a que Bragança passasse a integrar, desde 2018, a plataforma mundial de arte urbana.

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