O que acontece se Lisboa recuar no desconfinamento?

Concelho tem incidência superior a 240 casos por 100 mil habitantes. Se este valor não baixar nos próximos dias, Lisboa terá, pela primeira vez, de dar um passo atrás no desconfinamento.

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Terreiro do Paço em Lisboa Nuno Ferreira Santos

Se mantiver a incidência actual, Lisboa irá, pela primeira vez, recuar no plano de desconfinamento nacional que o país navega desde Março. Nas últimas semanas, o concelho tem registado um aumento de infecções, com o coordenador regional da resposta à covid-19 em Lisboa e Vale do Tejo, Duarte Cordeiro, a revelar que Lisboa regista mais de 240 casos por 100 mil habitantes. Este valor é o dobro do índice mantido como referência pelo Governo, de 120 casos por 100 mil habitantes, traduzindo um crescimento claro da pandemia de covid-19 nesta área.

Se este valor se repetir por duas avaliações consecutivas, ou seja, se no final da próxima semana Lisboa registar uma incidência superior a 240 casos por 100 mil habitantes, o concelho ficará obrigada a impor novas restrições e limitações, depois de já ter congelado, juntamente com Braga, um avanço no desconfinamento na passada semana. 

Se é habitante de Lisboa e quer saber o que poderá mudar na sua zona de residência, o PÚBLICO deixa-lhe um pequeno guia com as principais restrições que podem voltar a estar em vigor:

  • Casamentos e baptizados podem ter, no máximo, 25% da lotação
  • Restaurantes, cafés e pastelarias apenas podem estar abertos até às 22h30 em dias úteis ou até às 15h30 ao fim-de-semana e feriados
  • Eventos culturais também até às 22h30;
  • Ginásios continuam abertos, mas sem aulas de grupo;
  • Restauração com limites de lotação: quatro pessoas por mesa nos espaços interiores. Esplanadas podem ter seis pessoas por mesa;
  • Permissão de prática de modalidades desportivas de médio risco, sem público;
  • Eventos em exterior com diminuição de lotação, a definir pela DGS;
  • Lojas de Cidadão com atendimento presencial por marcação.

Mantêm-se, claro está, todas as regras sanitárias, tais como a obrigatoriedade do uso de máscaras nos estabelecimentos e na rua, bem como a recomendação de distanciamento físico. 

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