Homicídios, abusos, lesões corporais: mais de 200 investigações aos excessos da polícia nos protestos da Colômbia

Além de múltiplos abusos de autoridade, há também casos de agressões sexuais. As investigações disciplinares analisam casos de homicídio, abusos de autoridade, agressões físicas, lesões corporais e “outras condutas” e assédio sexual.

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Manifestante a ser detido num protesto em Bogotá,Manifestante a ser detido num protesto em Bogotá Reuters/Santiago Mesa,Reuters/Santiago Mesa
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Confrontos entre as forças de segurança e manifestantes, durante um protesto contra o uso excessivo de força policial em Popayan, Colômbia STRINGER/Reuters

A Inspecção da Polícia Nacional da Colômbia avançou que até ao momento há 204 investigações disciplinares abertas contra agentes policiais que alegadamente recorreram ao uso excessivo da força nas manifestações que abalaram a Colômbia durante mais de um mês.

O documento, a que a Radio Caracol teve acesso, detalha que 14 das investigações foram abertas por homicídio, 98 por abuso de autoridade, 39 por agressões físicas, 23 por lesões corporais, 28 por “outras condutas” e duas por assédio sexual.

Por outro lado, a procuradoria abriu 143 processos contra membros das forças públicas por supostas irregularidades nas intervenções realizadas durante as mobilizações. Entre outras investigações, a Justiça Militar Penal também está a levar a cabo 34 inspecções por actos cometidos nos protestos.

Desde 28 de Abril, data em que se iniciaram as mobilizações, contabilizaram-se 13.433 manifestações por todo o país, tendo o Esquadrão Móvel Anti-distúrbios (ESMAD) intervido em 1527 momentos devido a actos de vandalismo.

Os protestos, que começaram em forma de contestação contra a reforma fiscal apresentada pelo Governo de Iván Duque – já retirada – resultaram em mais de 2470 feridos, 21 mortos e mais de 1400 detenções, segundo os dados do Ministério Público.

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