Gonçalo Guedes garante estar em “forma” depois de ter tido covid-19

O avançado diz que a selecção já analisou a Hungria e dá o mote para ultrapassar o primeiro adversário no Euro 2020: ter a bola.

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Gonçalo Guedes Reuters/BERNADETT SZABO

O futebolista Gonçalo Guedes assegurou neste sábado que está em “perfeita forma” para “complicar a vida” ao seleccionador, após ter testado positivo à covid-19 e, consequentemente, falhado o início da preparação de Portugal com vista à participação no Euro 2020.

A situação recente que viveu, ao estar em isolamento durante 10 dias, antes de integrar os trabalhos apenas no dia 5 de Junho, foi tema dominante na conferência de imprensa, realizada no Estádio Illovszky Rudolf, em Budapeste.

“Estou em perfeita forma. Não parei, apesar de estar 10 dias em casa. Estive todos os dias a treinar, sinto-me bem e confiante em mim próprio para ajudar a equipa”, começou por dizer o extremo dos espanhóis do Valência.

E acrescentou: “Não tive sintomas. A única coisa que fiz foi trabalhar de manhã e de tarde, duas vezes por dia. Não senti grande diferença. Fiz exercício para me manter e chegar nas melhores condições.”

A época menos positiva no clube “che” “não interessa, nem pesa nada”, segundo Guedes, que está apenas concentrado em “ajudar a equipa das “quinas” no presente e no futuro”.

As opções para o ataque do campeão europeu em título são várias e o avançado, de 24 anos, considera que a “vida fica muito complicada” para o seleccionador Fernando Santos.

“O ‘mister' tem a vida muito complicada, isso é muito bom. A nós [jogadores] cabe-nos trabalhar da melhor forma e dificultar-lhe a decisão. Temos de estar preparados. Estou pronto para ajudar um minuto, 30 ou 90. Temos que estar preparados para ajudar a equipa e é isso que vou fazer até ao final do Europeu”, apontou.

Com estreia marcada para terça-feira, em Budapeste, diante da anfitriã Hungria, a equipa das “quinas” já analisou o primeiro oponente do grupo F e definiu a estratégia para ultrapassá-lo.

“Já analisámos a Hungria, já vimos os pontos fortes e pontos fracos. Queremos aproveitá-los e minimizar os pontos fortes. Nós sabemos que a Hungria é uma equipa difícil, disputa todas as bolas até final, não dá nada por perdido e nas bolas aéreas é muito forte. Temos de ter bola, pressionar. Se eles têm público, nós temos de ter a bola”, concluiu Gonçalo Guedes.

Anthony Lopes já treina

O dia da selecção ficou marcado pelo regresso aos treinos do guarda-redes Anthony Lopes, que trabalhou de forma condicionada e à parte dos restantes jogadores.

No Estádio Illovszky Rudolf, o guardião do Lyon limitou-se a fazer trabalho específico nos 15 minutos de sessão abertos aos jornalistas, sempre acompanhado pelo fisioterapeuta António Gaspar, sendo que, em alguns momentos, foi possível verificar que o jogador ainda sente algum desconforto na perna direita.

Na quarta-feira, Anthony Lopes falhou o particular com Israel (4-0), o derradeiro de Portugal antes da estreia no Euro 2020, e também os dois últimos treinos da formação comandada por Fernando Santos, um na Cidade do Futebol, em Oeiras, e outro já em Budapeste, na sexta-feira.

Já os restantes 25 atletas chamados para o Campeonato da Europa trabalharam sem quaisquer limitações, realizando aquecimento e exercícios com bola, naquela que foi a segunda sessão da equipa nacional na Hungria, a três dias do primeiro duelo na competição.

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