Tieta aconteceu-nos

Sexo, humor, repressão e liberdade, política e economia, machismo e feminismo. Uma radiografia do Brasil, ontem e hoje. Tieta renasce no streaming, 32 anos depois, mostrando que sempre apontou para a frente. Nós é que, em vez de mais perto, nunca estivemos tão longe.

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É irónico, ou talvez nem tanto, ser a maior personagem feminina do audiovisual brasileiro (graças à genialidade de Betty Faria, que entrega o corpo, a voz, o olhar e a força às criações de Jorge Amado e de Aguinaldo Silva) a conduzir este eléctrico, à frente do seu tempo e em oposição ao seu meio, mostrando que “the future is female”, e livre, afirmativo do desejo, transgressor, corajoso. É um ballet de humor e sátira e música, e nem mesmo o exagero presente em algumas personagens (Perpétua, a irmã-antagonista de Tieta, interpretada de forma deliberadamente “circense” pela actriz Joana Fomm) caricaturiza a obra de forma redutora. Antes pelo contrário.

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