Marcelo desvaloriza episódio com fronteira espanhola: “Foi erro, acontece”

Espanha tinha anunciado que quem chegasse ao país via terrestre a partir de Portugal teria que fazer teste à covid-19

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Daniel Rocha

O Presidente da República desvalorizou esta manhã o “erro” cometido pelas autoridades espanholas, e, entretanto, corrigido, de exigir um teste à covid-19 a quem quiser atravessar a fronteira terrestre entre Portugal e Espanha. “Aconteceu aquilo que se esperaria. Foi um erro”, disse aos jornalistas, à saída da unidade hoteleira onde está hospedado no Funchal.

“Na gestão da pandemia, existem várias entidades envolvidas. Umas técnicas, outras políticas, e por vezes acontecem equívocos”, continuou retirando importância ao caso. “Ontem [segunda-feira] mesmo, o senhor ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e o senhor Primeiro-ministro comunicaram-me que logo de manhãzinha as autoridades espanholas iriam comunicar que era um erro e eu fiquei descansado”, acrescentou, antes de partir para uma curta visita à artista plástica madeirense Lourdes de Castro, que em Abril foi condecorada com a medalha de Mérito Cultural, entregue pela ministra da Cultura, Graça Fonseca.

Marcelo não esteve presente na ocasião, e por isso visitou hoje a artista, de 90 anos. “Condecorei-a com a Comenda da Ordem de Santa de Santigo a Espada”, disse à saída da casa de Lurdes de Castro.

O segundo dia da visita do Chefe de Estado à Madeira, onde quarta e quinta-feira decorrem as comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, começou com um banho no mar junto ao hotel, e continuou com um passeio despreocupado pelas imediações da unidade hoteleira. Marcelo chegou ao Funchal na segunda-feira à noite, e mesmo antes de chegar, já tinha começado a trabalhar nos dossiers madeirenses. Em Belém, reuniu com uma delegação de representantes da Associação de Lesados BANIF (ALBOA), que tem agendada uma manifestação para quinta-feira, no mesmo local onde vão decorrer as cerimónias do 10 de Junho.

Já na Madeira, depois de à chegada ter manifestado “estranheza” em relação à tal decisão espanhola sobre as fronteiras com Portugal, e de ter considerado “interessante” o convite que Miguel Albuquerque, presidente do governo madeirense, endereçou ao Primeiro-ministro inglês, Boris Jonhson, para passar a lua-de-mel na Madeira, encontrou-se no hotel com representantes da Associação de Lesados BES Emigrantes da Venezuela e África do Sul (ALEV).

Já de madrugada, fez o habitual footing pelas ruas do Funchal, demorando-se no local onde estão as ser montadas as estruturas para as cerimónias do Dia de Portugal, e cumprimentando, aqui e ali, alguns populares.

As comemorações do 10 de Junho realizam-se este ano na Madeira, um ano depois do previsto, e dois anos após o que o governo madeirense e o PSD-Madeira queriam.

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