Finalmente Anastasia Pavlyuchenkova

Tsitsipas e Zverev decidem lugar na final de Roland Garros.

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Anastasia Pavlyuchenkova LUSA/CAROLINE BLUMBERG

Em 2009, com 17 anos e depois do feito irrepetível de conquistar três torneios do Grand Slam no escalão júnior, Anastasia Pavlyuchenkova atingiu as meias-finais no Masters 1000 de Indian Wells e, de seguida, entrou no top-30. Dois anos mais tarde, em Roland Garros, a russa liderou o quarto-de-final com a campeã de 2010, Francesca Schiavone, por 6-1, 4-1, antes de perder por 5-7 no terceiro set. Seria a primeira de seis (mais cinco em pares) tentativas de aceder às meias-finais de um Grand Slam. Mas à sétima teve sucesso e aos 29 anos, Pavlyuchenkova tem a possibilidade de discutir um lugar numa final de um major.

“Quis tanto estar nas meias-finais anteriormente que agora que consegui, tive uma reacção neutra. Claro que estou contente, mas penso que tenho feito o meu trabalho e ainda há encontros por disputar, trabalho por fazer. É assim que olho para isso. Tento desfrutar o momento o máximo que posso, mas, ao mesmo tempo, neste momento não posso dar tanta importância. Penso que preciso de mais tempo; talvez logo à noite, me aperceba do que fiz”, disse a primeira russa nas meias-finais de um Grand Slam desde Elena Vesnina, há cinco anos, em Wimbledon.

Pavlyuchenkova (32.ª) soube resistir ao bom início da cazaque de 21 anos, Elena Rybakina (22.ª), que liderou por 4-1, mas esperou por uma baixa de eficácia da parceira de pares – nesta quarta-feira jogam nos quartos-de-final da variante – e dominou desde o 2-2 do segundo set até 2-0 no terceiro. Rybakina reagiu, mas ao fim de duas horas e 33 minutos tremeu e Pavlyuchenkova fez o break fatal, para vencer, por 6-7 (2/7), 6-2 e 9-7

No outro encontro dos quartos-de-final do torneio feminino, que apresentou uma média etária das oito tenistas de 22,8 anos – a mais baixa no Grand Slam desde o torneio de Wimbledon de 2011 – a discreta Tamara Zidansek (85.ª) anulou o favoritismo da espanhola Paula Badosa (35.ª) e foi a que controlou melhor os nervos na parte final do encontro que terminou, com os parciais de 7-5, 4-6 e 8-6. “É esmagador, difícil de digerir tão depressa”, afirmou Zidansek, que nunca tinha ido além da segunda ronda em majors e tornou-se na primeira eslovena a ir tão longe em Roland Garros. “Era uma grande oportunidade para ambas para chegar às meias-finais, mas penso que mantive a minha compostura um pouco melhor do que ela”, resumiu Zidansek, que irá alcançar um dos seus primeiros objectivos para 2021, a entrada no top-50.

A única das quarto-finalistas que já teve numa meia-final é Iga Swiatek, campeã em título, que nesta quarta-feira defronta a grega Maria Sakkari, enquanto Coco Gauff defronta Barbora Krejcikova.

No encontro mais aguardado, na sessão nocturna, Stefanos Tsitsipas (5.º) foi mais sólido do que Daniil Medvedev (2.º), venceu, por 6-3, 7-6 (7/3) e 7-5. Quando enfrentou o match-point, o russo serviu “por baixo”, permitindo que Tsitsipas ganhasse o último ponto facilmente, o que contrastou com a tensão reinante durante mais de duas horas de encontro.

O grego qualificou-se para a quarta meia-final do Grand Slam da carreira e segunda consecutiva em Paris, onde vai defrontar Alexander Zverev (6.º) que, por seu lado, garantiu a presença pela terceira vez numa meia-final de um major, ao derrotar o espanhol Alejandro Davidovich Fokina (46.º), por 6-4, 6-1 e 6-1.

O primeiro set podia ter tido outro desfecho já que se registaram sete breaks nos 10 primeiros jogos, mas o alemão serviu melhor na parte final da partida para ficar em controlo, enquanto Davidovich Fokina, semifinalista no Millennium Estoril Open, ia acusando o desgaste das 13 horas passadas no court nas quatro rondas anteriores. “Espero jogar melhor nas meias-finais”, adiantou o primeiro alemão nas meias-finais de Roland Garros desde Michael Stich, em 1996.

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