Três entradas e três saídas da direcção do PAN

Ao todo, saíram onze pessoas da comissão política e mantiveram-se 16.

André Silva é a principal saída a registar
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André Silva é a principal saída a registar Rui Gaudêncio
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Manuela Gonzaga entra para a direcção Rui Gaudêncio
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Bianca Santos sai da direcção Rui Gaudêncio

A comissão política nacional do PAN é composta por 27 elementos, incluindo a líder, Inês de Sousa Real. Ao todo, a equipa eleita neste domingo tem 11 elementos novos e 16 reconduções.

Quem entra são os militantes Filipe Lisboa, Rafael Pinto, Isabel Carmo, Paula Nicolau, Tânia Madeira, Ana Marques, Filipe Vieira de Sá, Joaquim Sousa, Sandra Pimenta Miguel Santos e Manuela Gonzaga. De saída estão: André Silva, Rui Prudêncio, Artur Alfama, Durval Salema, Filipe Cayolla, André Nunes, Daniela Sousa, Bianca Santos, Daniela Duarte, Patrícia Caeiro e Pedro Soares.

Saiba melhor quem são alguns destes elementos do PAN.

Saídas

André Silva O agora ex-deputado e ex-líder anunciou a saída do partido e do Parlamento em Março, sete anos depois de ter assumido funções de porta-voz do PAN, com o argumento de que “as pessoas não devem eternizar-se nos cargos, devendo dar oportunidade a outras”. Também explicou, na altura, num email enviado aos militantes, que queria “apanhar o comboio da paternidade” e “equilibrar a vida pessoal e familiar com a vida profissional”. André Silva, pai de Bartolomeu, de oito meses, vai regressar em Julho à actividade profissional de engenheiro civil no âmbito da recuperação do património arquitectónico e artístico, no sector privado.

André Nunes Está de saída da direcção o antigo chefe de gabinete do grupo parlamentar do PAN (que deixou “por motivos pessoais” nove meses depois de ter assumido essas funções​) e autor da moção que mais aqueceu os ânimos no congresso deste fim-de-semana, intitulada “Nem de esquerda, nem de direita, simplesmente progressistas”. O texto focava-se na ideia de que a dicotomia “entre esquerda e direita” está gasta, mas foi entendida por uns como um sinal de que o PAN estará indisponível para fazer acordos. “Se nunca podemos fazer acordos, então enquanto não houver Governo do PAN não há conquistas”, lamentou Albano Pires, da comissão política. 

Bianca Santos A militante número 1343 tem 40 anos e é natural da África do Sul mas vive em São Miguel desde pequena e foi candidata às eleições regionais de 2020 pela maior ilha dos Açores. É licenciada em Direito e mestre em Direito Animal, tendo-se especializado em Direito Animal e em Gestão de Animais Errantes. Apresentou duas moções ao congresso: uma a defender a esterilização abrangente de animais de companhia (aprovada com aplausos) e outra a propor a simplificação do processo de adopção de animais de pecuária, como vacas, galinhas ou porcos (aprovada por unanimidade).

Entradas

Manuela Gonzaga É um regresso à cena política activa da historiadora, escritora e ex-jornalista que se apresentou como candidata apoiada pelo PAN às presidenciais de 2016, mas acabou por desistir por não reunir as assinaturas necessárias. Mandatária da lista de candidatura de Inês de Sousa Real, é também o último nome dos 27 elementos da nova comissão política nacional, órgão onde já esteve entre 2013 e 2016. No sábado, num discurso com um grande pendor feminista, Manuela Gonzaga elogiou a nova porta-voz e vincou que as mulheres inventaram uma outra forma de fazer política “menos piramidal, menos normativa, menos dogmática” e mais atenta ao diálogo.

Rafael Pinto Foi um dos delegados mais activos na apresentação de moções, com textos sobre educação, combate à corrupção, fim dos estágios não remunerados de longa duração e sobre a pesca. Para ajudar a defender a moção de Inês de Sousa Real, foi chamado a apresentar as propostas para a área da saúde. É licenciado em Direito e frequentou um mestrado em Direito da União Europeia na Universidade do Minho. Conhecido youtuber sobre nutrição (com enfoque nos bodybuilders e por isso fazia vídeos onde mostrava o corpo musculado) e fitness, foi o candidato do PAN por Braga nas legislativas de 2019 e o mais novo das listas do partido.

Joaquim Sousa Depois de um ano sem estruturas representativas na Madeira devido à ruptura entre os órgãos locais (que se demitiram) e a anterior direcção do partido, o PAN tem há um mês Joaquim Sousa como presidente da comissão política regional madeirense. O professor, antigo director da escola de Curral de Freiras que está a ser alvo de um processo de suspensão pelas autoridades regionais, tem como meta levar o partido à Assembleia Legislativa Regional nas eleições de 2023, à semelhança do que foi conseguido pelo partido no ano passado no Açores. Em 2013, o PAN integrou a coligação que levou Paulo Cafôfo a roubar a Câmara do Funchal ao PSD, mas em 2017 o partido não concorreu.

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