Sergio Pérez “herda” vitória quase certa de Verstappen em Baku

Pneu destruiu dia do piloto holandês a cinco voltas do fim, mas Hamilton deixou fugir o segundo lugar e a liderança do Mundial. Sebastian Vettel acabou em segundo, com Gasly a fechar o pódio.

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Um golpe de teatro a cinco voltas do fim “roubou”, este domingo, uma vitória certa a Max Verstappen (Red Bull), que terminou o Grande Prémio do Azerbaijão, sexta prova do Campeonato do Mundo de Fórmula 1, sem pontos, mas milagrosamente na liderança do Mundial, quando já fazia contas à segunda vitória consecutiva e terceira de 2021.

O acidente do piloto dos Países Baixos entregou a vitória ao companheiro de equipa Sergio Pérez e esteve quase a devolver o comando do campeonato a Lewis Hamilton (Mercedes), que ao tentar a vitória caiu para o 15.º posto, esbanjando um segundo lugar e o regresso à liderança em Baku. A grande surpresa foi, contudo, o segundo lugar do pódio de Sebastian Vettel (Aston Martin), que saiu do 11.º lugar da grelha de partida.

A cinco voltas da bandeira de xadrez, o pneu traseiro esquerdo de Verstappen cedeu na recta da meta, levando à suspensão da corrida e a um recomeço com partida parada, na grelha, o que abria novas perspectivas a Hamilton. Contudo, na tentativa de superar Pérez, o inglês falhou a travagem e seguiu em frente, caindo dramaticamente para a cauda do pelotão.

Sergio Pérez venceu, assim, o primeiro Grande Prémio do ano - segundo da carreira - assumindo o terceiro lugar no Mundial de pilotos, com 69 pontos. Apesar da frustração, a escuderia austríaca reforçou o comando do campeonato de construtores, aproveitando o facto de nem Hamilton nem Valtteri Bottas terem chegado a um lugar nos pontos, o que na Mercedes não acontecia desde 2016.

Antes, a corrida, que teve cinco líderes, começou com Charles Leclerc a impor a pole position e deu à Ferrari, pela primeira vez desde 2019, a liderança numa volta. Comando que durou apenas três voltas, com Lewis Hamilton a assumir a dianteira e a colocar o monegasco a servir de “tampão” para Max Verstappen.

O holandês precisou de mais três voltas para assumir a perseguição directa ao rival inglês, esvaziando o entusiasmo de Leclerc, que acabou mesmo superado pelo segundo Red Bull. O mexicano Sergio Pérez havia batido Pierre Gasly (AlphaTauri) e Carlos Sainz (Ferrari) no arranque, chegando rapidamente a um lugar de pódio.

As emoções mais fortes chegaram pouco depois, com a ida de Hamilton às boxes, na 12.ª volta. A Mercedes perdeu claramente na batalha da troca de pneus, com Verstappen a ganhar cerca de dois segundos e a sair à frente de Hamilton. O inglês acabaria ainda por perder uma posição para Sergio Pérez, que patrocinou a “fuga” do companheiro.

Entretanto, Sebastian Vettel (Aston Martin) liderava a corrida, enquanto Valtteri Bottas confirmava as dificuldades que o deixaram no décimo lugar da grelha.

Ainda sem incidentes - apenas Esteban Ocon (Alpine) tinha abandonado com problemas de motor - Hamilton continuava a debater-se para passar Pérez, perdendo terreno precioso para Verstappen, que continuava em segundo até Vettel ir às boxes à entrada da 19.ª volta, caindo para sétimo no regresso à pista, logo a seguir a Leclerc.

Sem argumentos para esgrimir com os Red Bull, Hamilton precisava de um safety car que surgiria a 20 voltas do fim. Lance Stroll (Aston Martin) embateu a mais de 300 km/h na recta da meta e os pilotos reagruparam-se. 

Mas a Mercedes não conseguiu reverter a situação, acabando por ser Sebastian Vettel a tirar maior partido da conjuntura, ao ganhar duas posições. O alemão ultrapassou Leclerc e Gasly e, com pneus mais “frescos”, foi em busca do campeão mundial.

No final, o acidente de Verstappen deixava o caminho livre para o regresso do alemão a uma cerimónia de pódio, mas a proeza seria ainda maior com o erro de Hamilton.

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