A direita quer ter passado mas não quer ter futuro

Os quatro partidos de direita têm atualmente mais gozo nas discussões internas, em dissecar o passado, em pôr adesivos nas feridas psicológicas de 2015 que em (tentar) governar.

No encantamento assolapado que a direita dita tradicional tem pela nova direita alternativa, há vários pormenores – para além da repugnância ideológica que a primeira devia sentir pela segunda (mas não sente) – que me são incompreensíveis. Um é este simples: nunca vou entender por que diabo tanta gente de dois partidos políticos – o PSD e o CDS – se dedicou a promover outros dois – primeiro só a IL mas logo de seguida também o Chega – que lhe disputavam os mesmos eleitores e que, a crescer, seria à custa dos ingénuos beneméritos PSD e CDS. Claro que muitas destas pessoas eram (ou são) críticas das lideranças e estavam (ou estão) deliberadamente a trabalhar para maus resultados que tornem inevitáveis mudanças de líderes.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 38 comentários