O número de pessoas a aguardar vacinação contra a covid-19 depois de terem pedido o agendamento na plataforma online, aberta desde 23 de Abril, baixou para quatro mil esta terça-feira, adiantou o coordenador do grupo de trabalho (task force) que gere o plano de vacinação, vice-almirante Henrique Gouveia e Melo. Na segunda-feira, o coordenador revelara que o número de pessoas em lista de espera ascendia a 60 mil.

Este problema deve-se à “capacidade limitada” de vacinação. “As pessoas quando se auto-agendaram esgotaram essa capacidade, portanto, depois temos que esperar mais uma semana para abrir novas vagas e agendar as que ficaram em lista de espera”, justificou Gouveia e Melo à saída da conferência eHealth, em Lisboa.

“O afluxo foi tão grande” [já são mais de 700 mil as pessoas que se auto-agendaram desde que o portal foi aberto] que foi necessário abrir “mais uma semana” com datas disponíveis para vacinação, acrescentou.

Quanto aos quatro mil casos que falta resolver, Gouveia e Melo explicou que há “problemas de verificação na base de dados”. Mas garantiu que estes problemas não vão afectar o início da vacinação das pessoas a partir dos 40 anos de idade, que continua a estar previsto para o próximo dia 6, mas repetiu estas começam a ser convocadas através do agendamento local (efectuado pelos centros de saúde) e, só uma semana depois, através do agendamento centralizado.

O coordenador da task force continua convencido que será possível ter as pessoas até aos 30 anos vacinadas entre o fim de Julho e o início de Agosto, arrancando então a imunização dos maiores de 20 anos. “É natural que no início de Agosto estejamos a vacinar já pessoas na faixa etária dos 20 aos 30 anos”, admitiu, de novo.

Relativamente às pessoas que tiveram covid-19 há mais de seis meses, reforçou que essas já podem auto-agendar a vacinação. “Essa restrição que havia na base de dados já foi retirada”, asseverou.