Marcelo pede saída da pandemia “sem alarme” mas também “sem facilitismos”

Na conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo esloveno, Borut Pahor, Marcelo sublinhou que é “importante a vida e a saúde”, mas também é importante “a economia e a sociedade”.

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Marcelo Rebelo de Sousa está em visita oficial à Eslovénia LUSA/ESTELA SILVA

O Presidente da República sustentou nesta segunda-feira que os portugueses esperam uma “saída equilibrada” da pandemia que permita conjugar a “vida e a saúde” com a “economia e a sociedade”, e que seja feita “sem alarme” mas também sem facilitismo.

“Os portugueses esperam uma saída da pandemia de mais de um ano e meio, uma saída equilibrada, sem facilitismo nem alarmismo: sem facilitar o que não deve ser facilitado, mas sem alarme que signifique não ter a capacidade de conjugar vida e saúde, de um lado, e economia e sociedade, do outro”, apontou Marcelo Rebelo de Sousa, no primeiro dia da sua visita oficial à Eslovénia. 

Falando na conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo esloveno, Borut Pahor, após um encontro entre ambos no Palácio Presidencial de Liubliana, Marcelo afirmou que a Europa se encontra “num momento de transição” e de “viragem” e sublinhou que é “importante a vida e a saúde”, mas também é importante “a economia e a sociedade”. “Os portugueses e os europeus esperam um arranque das economias e maior justiça e equilíbrio social: o arranque das economias, o arranque do turismo que esteve parado mais de um ano, de muito comércio, de muitos serviços, de relações económicas entre povos, mas também o arranque na sua vida pessoal, na vida de todos os dias”, frisou.

Marcelo considerou que é por isso que é tão importante preocupar-se “com o futuro da Europa, que é o futuro dos europeus”. “A Europa é uma ideia, mas é uma ideia que tem não só uma alma, mas tem corpos, tem milhões de europeus: (...) uma melhor Europa é uma melhor vida para milhões e milhões de europeus”, apontou. Nesse sentido, salientou a necessidade de aprovar “logo que possível” os planos nacionais de recuperação e resiliência, de “libertar” os fundos europeus, e de permitir “o arranque mais rápido da economia” e o “reequilíbrio da vida da sociedade”. 

Reconhecendo assim que, devido à pandemia, a presidência portuguesa do Conselho da UE “foi difícil e está a ser difícil”, Marcelo Rebelo de Sousa asseverou que, ainda assim, “deu passos importantes para criar condições económicas, financeiras e sociais para o futuro”. “A presidência eslovena é [agora] essencial. Tem de ser, vai ser, uma presidência cheia de sucesso”, referiu.

Mais tarde, questionado pelos jornalistas portugueses sobre a forma como está a ser gerida a parte final da pandemia, o Presidente considerou que “a parte mais difícil está feita” e que agora trata-se da “ponta final da transição" que deverá demorar, pelas suas contas, mais dois meses e meio a três meses. “Uns acham que vai depressa mais, outros acham que vai devagar demais, uns acham que deve ser mais para um lado, outros acham para o outro lado, eu tento tomar uma posição de equilíbrio”, sublinhou.

“É uma questão de bom senso”, disse, insistindo que, com a vacinação, “já não é possível voltar atrás em termos de encerrar a actividade económica e social” e que “não há razão nenhuma para não correr bem”. Confiante de que Portugal não vai “estragar aquilo que deu tanto trabalho a fazer” e que tem dado “prestígio internacional”, Marcelo revelou que, durante a sua visita, os eslovenos têm-lhe transmitido que estão “predispostos a passar férias aos vários níveis em Portugal”.

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