Vila Nova de Gaia sem fogo-de-artifício nem concertos no São João

“Bem sei que com o que aconteceu na Champions é difícil de justificar, mas tem de ser assim”, diz o autarca de Gaia.

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Covid-19 volta a travar folia do São João PAULO PIMENTA

O presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, garantiu esta segunda-feira que, devido à pandemia da covid-19, não serão organizados festejos de São João, o que inclui os habituais concertos musicais e o típico fogo-de-artifício.

“Bem sei que com o que aconteceu na Champions [final da Liga dos Campeões] é difícil de justificar [a decisão de não fazer festas populares], mas tem de ser assim”, disse Eduardo Vítor Rodrigues.

O autarca, que falava aos jornalistas no final da reunião de Câmara que decorreu esta segunda-feira à tarde, não fez mais comentários sobre a polémica que marcou o fim-de-semana devido à vinda de adeptos ingleses ao Porto para assistir à partida entre o Chelsea e o Manchester City e ao relato de aglomerados de pessoas sem máscara, a consumir bebidas alcoólicas e sem cumprir o distanciamento social.

Questionado sobre o programa para a noite de São João, uma organização que tradicionalmente Vila Nova de Gaia divide com o Porto, Eduardo Vítor Rodrigues garantiu que não estão planeados festejos: “E isso inclui nem fogo-de-artifício nem concertos”, enumerou.

Há um acordo nesse sentido com a Câmara do Porto. Acho que a de Braga, se não anunciou, vai anunciar o mesmo. Isto à semelhança de Lisboa [com o Santo António]. Festividades de rua que impliquem ajuntamentos estão fora hipótese”, reiterou.

“Minifeiras populares”

“Para compensar os comerciantes”, o autarca confirmou o que já tinha anunciado a 2 de Maio sobre a criação de “minifeiras populares” em espaços que seja possível fechar para que seja controlada a lotação. Parque Maria Adelaide (Arcozelo), parque de estacionamento do Estádio Jorge Sampaio (Pedroso), Quinta da Mesquita (Avintes) e Centro Cívico de Serzedo são os espaços escolhidos.

Os recintos serão controlados com o apoio da Polícia Municipal e reduzidos a divertimentos como carrosséis e roulottes de farturas e cachorros. As iniciativas vão ter início no final de Junho e durante os meses de Julho e Agosto, até ao início de Setembro.

Quanto a outra festa com grande tradição em Vila Nova de Gaia, o São Pedro da Afurada, o autarca revelou que haverá missa campal presidida pelo bispo Manuel Linda e que o andor será levado de barco à entrada da barra por barcos de pescadores, recriando uma tradição antiga, mas “com restrições de acesso e limitação de lugares”.

A iniciativa decorrerá sem vendedores de rua nem procissões, e na mesma ocasião será inaugurada a obra de requalificação da actual igreja, um projecto que custou à autarquia 135 mil euros

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