Rodrigues dos Santos diz que CDS-PP “não está sentado no divã”

“O Partido Socialista vai mostrando cada vez mais tiques da decadência política e cultural do comunismo”, acusa o presidente do CDS.

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Líder do CDS visitou a Capital do Móvel, no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa LUSA/TIAGO PETINGA

O presidente do CDS-PP disse neste domingo que o partido “não está sentado no divã” e indicou que a aprovação do diploma para a implementação do vale farmácia foi o “dia mais feliz” da sua liderança.

Numa visita à 55.ª Capital do Móvel, exposição patente no Pavilhão Carlos Lopes, no Parque Eduardo VII, em Lisboa, Francisco Rodrigues dos Santos, foi questionado se a visita servia para “comprar um divã para o CDS”. “O CDS é um partido que não está sentado no divã. De resto, estamos num domingo soalheiro e nós estamos a visitar os nossos empresários, que são os ventiladores da nossa economia”, sublinhou o líder.

Na terça-feira, na convenção do Movimento Europa e Liberdade, a deputada do CDS-PP Cecília Meireles defendeu que “a direita tem de sair do divã” e “parar de se discutir a ela própria” e começar a discutir “o que quer para o país, de forma directa e clara”. “Se não é um enorme frete que estamos a fazer ao PS”, alertou, acrescentando que esse trabalho tem de ser feito, primeiro, dentro de cada partido.

Falando aos jornalistas neste domingo, o presidente do CDS-PP disse que esta semana teve “talvez o dia mais feliz” desde que assumiu a liderança do partido, com a aprovação de um projecto de resolução que recomenda ao Governo a implementação do vale farmácia. Esta é uma proposta destacada diversas vezes pelo líder centrista, e que já tinha sido apresentada no âmbito do Orçamento do Estado para este ano, mas nessa altura acabou rejeitada no Parlamento.

Na sexta-feira, a Assembleia da República aprovou esta recomendação ao Governo relativa ao pagamento de medicamentos a idosos com baixo rendimentos e o presidente do CDS-PP espera que o executivo de António Costa implemente esta proposta. “Creio que o Governo deve ter sempre boa vontade quando está em causa um sentido humanista de ajudar uma franja da nossa sociedade que está excluída, que está muitas vezes isolada e votada à pobreza, que são os nossos idosos”, defendeu, indicando que, se governasse, “essa seria a primeira medida que implementaria”.

Questionado também sobre o facto de recentemente se referir ao CDS-PP como “partido popular”, o líder referiu a vitória da candidata de direita à presidência da região de Madrid Isabel Díaz Ayuso, do Partido Popular, salientando que “de Espanha há bons ventos e também há bons casamentos”.

“E nós tivemos aqui o exemplo recentemente em Madrid, que Isabel Ayuso ganhou umas eleições com o lema “comunismo ou liberdade” e eu creio que essa é uma questão que se deve colocar em Portugal”, defendeu, apontando que “o Partido Socialista vai mostrando cada vez mais tiques da decadência política e cultural do comunismo”.

E isso vê-se na “corrupção, na ofensa ao jornalismo, na violação dos direitos constitucionais, na pobreza com que vai votando a nossa sociedade, na ausência de mecanismos de recuperação económica que ajudem as nossas empresas, no colectivismo, no ataque à cultura e à nossa história”, elencou.

“O Partido Popular de Espanha, com este mote, mostrou-nos que a direita que conta é uma direita popular, que se entrelaça com as necessidades das pessoas”, apontou, referindo que o seu objectivo é “ligar o CDS às pessoas, para que uma direita sem tibiezas, sem timidez, sem pseudossimpatias com a esquerda possa formar maiorias alternativas que permitam governar e mudar o ciclo político”.

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