Quando se dança com o coração (ou o regresso ao estúdio de dança)

Não fossem os corredores desocupados, as marcações de lugar no chão dos estúdios — ainda com lotação limitada — e as máscaras que acompanham tantos rostos e era quase possível esquecer que ainda existe um vírus a ameaçar o ritmo da vida.

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Sofia Caldeira, professora na Jazzy Dance Studios, em Lisboa
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O sol brilha lá fora, a temperatura amena pisca o olho às esplanadas e convida a dar um passeio na praia, mas é num estúdio de dança que decido passar a manhã de sábado. As aulas presenciais regressaram e a lufa-lufa na Jazzy Dance Studios, em Lisboa, é quase a habitual: apaixonados por dança conversam com o corpo no idioma da coreografia acabada de aprender. A batida forte de um R&B mistura-se com um “5, 6, 7, 8…”, e lá ao fundo uma voz forte grita “agora do início!”. Não fossem os corredores desocupados, as marcações de lugar no chão dos estúdios — ainda com lotação limitada — e as máscaras que acompanham tantos rostos e era quase possível esquecer que ainda existe um vírus a ameaçar o ritmo da vida.

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