Marcelo, o “voluntário mais assíduo do Banco Alimentar”, apela à solidariedade

O Presidente já é “da casa”, fez questão de assinalar a presidente da instituição, cuja campanha de recolha de alimentos decorre até 6 de Junho.

marcelo-rebelo-sousa,banco-alimentar,isabel-jonet,politica,pobreza,solidariedade,
Fotogaleria
LUSA/TIAGO PETINGA
marcelo-rebelo-sousa,banco-alimentar,isabel-jonet,politica,pobreza,solidariedade,
Fotogaleria
LUSA/TIAGO PETINGA
marcelo-rebelo-sousa,banco-alimentar,isabel-jonet,politica,pobreza,solidariedade,
Fotogaleria
LUSA/TIAGO PETINGA
marcelo-rebelo-sousa,banco-alimentar,isabel-jonet,politica,pobreza,solidariedade,
Fotogaleria
LUSA/TIAGO PETINGA

Marcelo Rebelo de Sousa, o “voluntário mais assíduo” do Banco Alimentar Contra a Fome, não faltou ao apelo e desafiou neste sábado os portugueses a seguir-lhe o exemplo, numa visita em que houve também tempo para desenhar com os escuteiros.

No que toca ao Banco Alimentar, Marcelo já é “da casa”, como fez questão de assinalar a presidente da instituição, que o considerou o “voluntário mais assíduo”.

O Presidente da República fez a habitual visita às instalações de Lisboa do Banco Alimentar Contra a Fome, num fim-de-semana de recolha de alimentos, tendo chegado no seu carro e acompanhado de dois sacos. De lá de dentro tirou artigos como salsichas, atum, batatas fritas, açúcar, cereais ou papas, que os pequenos escuteiros rapidamente iam distribuindo pelos locais respectivos no armazém, enquanto o Presidente dobrava os sacos verdes de papel que trouxe consigo.

Acompanhado da presidente do Banco Alimentar, Isabel Jonet, destacou aos jornalistas que “este ano já é diferente do ano passado”, porque em 2020, devido à pandemia de covid-19, houve “um vazio”, dado que naquele armazém estavam apenas “dois ou três jovens”, o que contrastou “com a animação que havia nestes fins-de-semana” nos anos anteriores, onde o espaço estava "cheio de gente até altas horas da madrugada”.

“Felizmente melhorou, e este ano temos uma fórmula mista”, assinalou Marcelo Rebelo de Sousa, indicando que o Banco Alimentar aceita doações em género, mas é possível também comprar vales ou contribuir através da Internet, algo que considerou “mais cómodo”.

Apontando que a campanha de recolha de alimentos arrancou na quinta-feira e dura até dia 6 de Junho, o chefe de Estado dirigiu-se aos portugueses, pedindo: “Agora escolham a maneira de colaborar”.

“Porque é importante colaborar? Porque depende dessa colaboração o apoiar 450 mil portugueses, através de 2700 instituições por todo o país”, salientou, referindo que existem “mais de dois milhões” de cidadãos em situação de pobreza e, desses, há “quase meio milhão que está ao nível do básico, do básico, do básico”.

Por isso, “é mais urgente e mais necessário este ano do que em anos anteriores apoiar esta campanha, que é no fundo juntar mais alguém à mesa”, sustentou, salientando que o Banco Alimentar Contra a Fome actua “todo o ano”.

Finda a “conversa séria”, Marcelo dirigiu-se aos grupos de “lobitos” que estavam a fazer algumas actividades acompanhados por voluntários do Banco Alimentar, enquanto esperavam pela sua vez para entrar no armazém e ajudar. Devido às restrições impostas pela pandemia de covid-19, os grupos têm de ser divididos.

Na parte de fora do armazém, o chefe de Estado sentou-se à mesa com as crianças que estavam a desenhar e pôs também ele mãos à obra, tendo escolhido representar o processo como a instituição ajuda a sociedade. No papel, expôs que os alimentos são transportados até uma casa onde uma família numerosa “vive muito mal”, e depois fez questão de ver também as obras dos pequenos artistas a quem se juntou, instando-os a assinar os seus desenhos, tal como fez.

 Ao lado, numa roda, jogava-se ao jogo das “palavras proibidas”, e Marcelo aproveitou a cadeira vazia para se juntar ao grupo.

Isabel Jonet disse ser “um gosto muito grande e uma honra” receber Marcelo mais uma vez no Banco Alimentar Contra a Fome, que celebra o seu 30.º aniversário. A responsável recusou fazer um balanço prematuro da adesão a esta campanha, indicando que os vales só são contabilizados “no final do fim-de-semana”, mas quanto aos pedidos de ajuda afirmou que “ainda não abrandaram”, e “nunca foram abaixo de 40 por dia”.

Sugerir correcção
Comentar