Neue Nationalgalerie vai abrir portas para três dias de visita depois do restauro

Será em Junho que pela primeira vez a obra icónica de Mies van der Rohe em Berlim vai poder ser visitada depois do restauro feito pelo atelier do arquitecto britânico David Chipperfield. Se a pandemia permitir, o museu abrirá depois em Agosto com uma exposição de Alexander Calder.

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Neue Nationalgalerie com “Têtes et Queue” (1965) de Alexander Calder, em 2014 Nationalgalerie - Staatliche Museen zu Berlin / 2021 Calder Foundation, New York / Artist Rights Society (ARS), New York / Ute Zscharnt for David Chipperfield Architects

Durante três dias a Neue Nationalgalerie, a obra icónica do arquitecto Ludwig Mies van der Rohe em Berlim, vai estar aberta ao público: de 5 a 7 de Junho vai ser possível ver a renovação que o atelier do arquitecto britânico David Chipperfield fez do edifício inaugurado em 1968.

Os visitantes nestes Open House Days gratuitos (embora com número limitado de pessoas e necessidade de teste negativo para covid-19) irão encontrar o edifício ainda vazio o que, segundo o comunicado de imprensa que se encontra no site do museu alemão, permitirá que tenham uma experiência em que toda a sua atenção estará voltada para a arquitectura do edifício, que está a ser restaurado desde 2015. A obra está orçamentada em 140 milhões de euros, segundo o jornal espanhol El País.

Uma das novidades será o jardim, no piso inferior do museu, que esteve encerrado durante muitos anos, mesmo antes das obras de remodelação, e passará agora a funcionar como uma extensão do espaço museológico.

A Neue Nationalgalerie, notícia o El País, só abrirá as suas portas em Agosto, se a pandemia de covid-19 assim o permitir, para uma exposição de Alexander Calder, Minimal / Maximal, a partir de dia 22 de Agosto. E, no futuro, o museu irá albergar a colecção de arte do século XX dos Museus Estatais de Berlim.

Na reportagem que o jornal espanhol fez em Berlim, a jornalista Elena G. Sivillano — que ali fez uma visita para a imprensa em Abril —  nota que “nada parece ter mudado no edifício, concebido como uma espécie de templo”. Diz David Chipperfield, citado pelo El País, que “este é um grande monumento da história da arquitectura. O nosso trabalho era restaurá-lo e não representarmo-nos a nós próprios”. Michael Freytag, arquitecto do atelier David Chipperfield, explicou ainda aos jornalistas que as molduras e algumas das estruturas em vidro do enorme salão envidraçado estavam enferrujadas, com humidade e partidas, e que o museu já não estava a cumprir todas as medidas de segurança necessárias para um edifício deste tipo.

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