“Contratos públicos: PJ faz buscas na Câmara de Torres Vedras”, publicado a 18 de Maio de 2021

Exerço o direito de resposta, pois, apesar de no dia 20 de Maio ter remetido via correio eletrónico a informação necessária para o esclarecimento da jornalista responsável pelo artigo “Contratos públicos: PJ faz buscas na Câmara de Torres Vedras”, entendendo que, pelo teor do artigo, a mesma estaria equivocada sobre os factos que deram lugar às referidas buscas, e até à data, não obtive qualquer resposta.

Assim, informo que, ao contrário do indiciado pelo vosso artigo, não estou associada a qualquer uma das buscas ou investigações realizadas pela Polícia Judiciária (PJ) à Câmara Municipal de Torres Vedras, não entendendo qual a razão para que o meu nome seja referido 3 vezes num artigo cujo tema principal, como se subentende pelo título, deveriam ser as buscas realizadas pela PJ.

Afirmo, ainda, que não fui notificada de qualquer investigação em curso, nem fui alvo de qualquer contacto ou diligência por parte da PJ.

Quanto aos factos que me foram apresentados para a retirada de confiança política de que fui alvo, mencionados no vosso artigo, reitero que os mesmos não correspondem à verdade e são uma difamação, ofensiva da minha honra e bom nome.

Acrescento que, fui eu que solicitei em reunião de câmara o apuramento de todos os factos que envolvem a construção da minha casa e das obras adjacentes, através de uma auditoria, tendo reiterado o pedido nas reuniões de câmara de 30 de março, 13 de abril, 11 de maio e assembleia municipal de 29 de abril, e apesar das minhas muitas insistências, não foi até à data tomada nenhuma iniciativa por parte da autarquia com vista ao apuramento da verdade dos factos, dificultando-me limpar o nome e esclarecer uma situação que lesa a minha imagem e a da própria Câmara.

Agi sempre de acordo com a legalidade e paguei o devido a todos os intervenientes neste processo, desde o processo de aquisição, ao projeto, à empreitada de construção ou acompanhamento de obra, bem como, paguei todos os impostos e taxas devidas em cada momento, como qualquer pessoa que adquire um imóvel para construção de habitação própria permanente.

Acredito que a suspeita infundada que foi lançada sobre mim apenas serviu, para dar corpo a um jogo palaciano de intrigas e suspeitas que conduziram ao meu afastamento das funções que exercia enquanto vereadora e a retirada da lista nas próximas eleições e que serve, ainda hoje, para me associar a notícias e investigações com as quais nada tenho a ver, como infelizmente é veiculado e subentendido através do vosso artigo.

Esta é uma situação que afeta gravemente a minha vida e da minha família e o perpetuar destas calúnias não nos permite retomar as nossas vidas, mantendo a nossa honra e bom nome, que são para nós muito importantes. 

Cláudia Horta Ferreira

Nota da Direcção

A jornalista não recebeu qualquer esclarecimento via correio electrónico, sendo certo que o artigo em causa não pretende associar o caso da construção da casa à investigação que levou às buscas da PJ na Câmara de Torres Vedras.

Sugerir correcção
Comentar