Chouriças de peixe. Eis a nova proposta da Escola de Hotelaria do Algarve

O conceito aposta na “utilização de produtos locais com menor pegada carbónica” ao mesmo tempo que pretende incentivar “um maior consumo de peixe em detrimento de carne”.

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"Inovar e criar novos produtos é perceber a tecnologia alimentar" André Rodrigues

A ideia para estes enchidos “mais saudáveis e sustentáveis” surgiu no módulo de Tecnologias das Matérias-Primas em Cozinha. O formador Abílio Guerreiro introduziu a componente de inovação em Charcutaria e na defumação de carne e peixe. 

“Inovar e criar novos produtos é perceber a tecnologia alimentar de forma a fomentar novos usos e técnicas de forma a desenvolver produtos adaptados às necessidades e tendências do mercado alimentar, sem nunca perder a entidade da gastronomia e sabores tradicionais”, realça o chef Abílio Guerreiro em comunicado. 

A parceria entre a Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve e o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) facilita o fornecimento com regularidade de várias espécies de peixe de aquacultura. Isto permitiu que os alunos fizessem vários ensaios até conseguirem a confecção desejada. 

No comunicado, lê-se que as Pescaliças são uma excelente forma de aproveitamento do peixe disponível, resultando num produto mais saudável mas “sem perder os sabores associados à charcutaria e alimentação tradicional”.

“Acredito que a alimentação sustentável apresenta um crescimento visível no mercado o que torna estes produtos do ponto de vista económico atractivos e viáveis. Portanto, quanto maior for o conhecimento do aluno e futuro cozinheiro na transformação e origem dos produtos alimentares maior será o seu desempenho no desenho de uma carta de um restaurante e maior valor agregará ao seu potencial profissional”, destaca o chef Abílio Guerreiro.

Tendo em conta que a Escola trabalha com o peixe corvina de aquacultura em mar aberto sustentável, o chef Abílio Guerreiro acrescentou ao PÚBLICO que as Pescaliças apresentam “características de sustentabilidade, quer em termos económicos quer pela utilização de produtos locais com menor pegada carbónica”. Para além disso, enfatiza o formador, são também um incentivo “a um maior consumo de peixe em detrimento de carne, indo ao encontro dos princípios da dieta mediterrânica e de um estilo de vida saudável”.

Texto editado por Carla B. Ribeiro

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