Avaliação bancária das casas acelerou em Abril para 1200 euros por m2

O valor mediano subiu 13 euros em termos homólogos, num mês em que o número de avaliações aumentou quase 30%.

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Paulo Pimenta

O valor de avaliação das habitações para efeitos de concessão de crédito aumentou em Abril e o número de avaliações disparou, dados que mostram a forte recuperação do mercado imobiliário residencial.

Dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) revelam que o valor mediano de avaliação bancária fixou-se em 1200 euros em Abril, mais 13 euros que o observado no mês anterior. Em termos homólogos, a taxa de variação acelerou, situando-se em 8% (foi de 6,9% em Março).

Em aceleração esteve também o total de avaliações bancárias consideradas, que ascendeu a 28 mil, mais 29,6% que no mesmo período do ano anterior. Recorde-se que Abril de 2020 foi o primeiro mês completo de restrições à actividade económica e de confinamento em Portugal. 

Em Março, a concessão de novos empréstimos para a compra de habitação também já tinha atingido o valor mais elevado desde Janeiro de 2008, totalizando 1382 milhões de euros.

Segundo o INE, o maior aumento da avaliação dos imóveis face a Março registou-se na Região Autónoma da Madeira (2,3%), tendo o Alentejo apresentado a única descida (-0,5%). Mas na comparação com o mesmo período do ano anterior (8%), a variação mais intensa verificou-se no Norte (7,9%) e a menor na Região Autónoma dos Açores (3,6%).

Por segmentos, o valor mediano de avaliação bancária de apartamentos foi 1314 euros por metro quadrado, tendo aumentado 8,6% relativamente a Abril de 2020. O valor mais elevado foi observado na Área Metropolitana de Lisboa (1582 euros) e o mais baixo no Alentejo (853 euros). Nos apartamentos, o Norte também apresentou o crescimento homólogo mais expressivo (9,1%) e o Alentejo a única descida (-0,6%).

Ainda neste domínio, o valor mediano da avaliação para apartamentos T2 subiu 20 euros, para 1336 euros, tendo os T3 subido oito euros, para 1178 euros, destacado o INE que, no seu conjunto, estas tipologias representaram 81,4% das avaliações realizadas neste segmento.

Nas moradias, o valor mediano foi de mil euros por metro quadrado, o que representa um acréscimo de 6,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Os valores mais elevados observaram-se no Algarve (1621 euros) e na Área Metropolitana de Lisboa (1581 euros), tendo o Centro registado o valor mais baixo (820 euros).

Neste segmento, o Alentejo apresentou o maior crescimento homólogo (12,6%) e o menor ocorreu no Algarve (1,2%).

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