Cher festeja 75 anos: uma diva intemporal numa vida que dá um filme

Com uma longa carreira repleta de sucessos na música, cinema e televisão, Cher completa os 75 esta quinta-feira. E o ano promete ser de festa: vem aí um filme em torno da sua vida.

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LUSA/HAYOUNG JEON
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A estrela pop americana Cher actua durante o programa televisivo alemão Wetten dass, em 1999 Reuters/Michael Kappeler
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Cher actua no programa Today da NBC, em Nova Iorque, a 23 de Setembro de 2013 REUTERS/Keith Bedford
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Nos Brit awards Reuters/Paul Hackett
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Reba McEntire
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No Centro Kennedy, em Washington, D.C., em 2018 REUTERS/Al Drago
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Sonny Bono e Cher Getty Images
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Sonny Bono e Cher Getty Images

Cher celebra esta quinta-feira 75 anos. E, na véspera do seu aniversário, foi a artista que presenteou os fãs com a revelação, no Twitter, de que está em produção um filme em torno da sua vida, com o selo da Universal Pictures, em que estarão envolvidos os produtores de Mamma Mia! e o argumentista de Forrest GumpEric Roth​. Não é a primeira história da sua vida ao longo da carreira, já contada em livro e noutras produções documentais.

Para muitos uma deusa da pop, Cher, nascida a 20 de Maio de 1946​, chegou à ribalta na década de 1960, ao lado de Sonny Bono, na altura seu marido e com quem esteve casada seis anos, na popular dupla Sonny & Cher. Os dois estiveram por detrás de sucessos como I Got you Babe ou Baby don’t go, tendo-se destacado também através do programa humorístico e musical The Sonny & Cher Comedy Hour, da CBS.

Mas foi a partir do divórcio dos dois, em 1965, que a carreira da cantora levantou voo. Êxitos como Bang bang (my baby shot me down) — ainda escrita para ela por Sonny —, Gypsys, Tramps & thieves, Half-breed ou Dark lady levaram o seu nome a todos os cantos do mundo. 

Como se não bastasse, a norte-americana — Cherilyn Sarkisian de seu nome, de pai refugiado arménio e mãe que mesclava ascendências (irlandesa, inglesa, alemã, cherokee) — conquistou ainda os corações do público como actriz, tendo arrecadado, nos 80, uma nomeação para o Óscar de melhor actriz secundária por Reacção em Cadeia​, de Mike Nichols a partir do argumento de Nora Ephron e Alice Arlen, em que contracenou com Meryl Streep. Máscara (1985), As Bruxas de Eastwick e A Minha Mãe é uma Sereia foram outros dos sucessos do grande ecrã em que participou, tendo com o primeiro conquistado a Palma de Ouro em Cannes. E o Óscar acabou por chegar, em 1988, e logo de melhor actriz por O Feitiço da Lua, ao lado de Nicholas Cage

Desde então, Cher continua a somar distinções. Na década seguinte, estreou-se como realizadora no telefilme Perseguidas, da HBO, e lançou a música Believe, talvez a mais popular da sua carreira e pela qual recebeu um Grammy. Já a Living Proof: The Farewell Tour, que realizou durante os anos 2000, pôs o seu nome no Guinness World Records, por ser a mais lucrativa da história encabeçada por uma mulher.

Cher, 1999 reuters/ Sam Mircovich
Cher, 2018 reuters/ ALEXANDER DRAGO
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Cher, 1999 reuters/ Sam Mircovich

Ainda hoje a cantora continua a dar que falar. Recentemente, lançou o álbum Dancing Queen (2018), depois da sua aparição no filme Mamma Mia! Here We Go Again, que promoveu através de uma tour mundial, a primeira desde Living Proof: The Farewell Tour. Em Abril deste ano, viu estrear o documentário Cher & the Loneliest Elephant, em que lidera uma equipa de resgate para salvar um elefante de quatro toneladas no meio da pandemia, uma causa social que soma a tantas outras a que se juntou, como a defesa dos direitos dos militares, o combate à pobreza e o apoio a crianças doentes.

Cher tornou-se um ícone mundial pelos seus muitos talentos e pelo seu activismo, nomeadamente na defesa dos direitos LGBT+, que lhe valeu vários prémios e a coroa de diva gay. Além disso, destaca-se pela forma irreverente como conduz a sua vida.

Conhecida pelas suas roupas reveladoras e namorados mais novos, contou há uns anos que, perante um homem que a abordou dizendo “Não acha que é demasiado velha para andar a correr pelo palco assim... A cantar rock & roll?”, respondeu “Não sei... Por que não pergunta ao Mick Jagger?”, numa clara referência à diferença de tratamento entre mulheres e homens na indústria do entretenimento.

Quanto a plásticas, não há relatórios oficiais. Mas basta olhar para a transformação da cantora ao longo dos anos. E para as fotos actuais de como se apresenta aos 75, sem esconder o corpo, sem vergonhas e, claro, sem sentir necessidade de dar explicações a ninguém. Afinal, já há muito atingiu o estatuto de rainha. Não é em vão que uma das suas canções mais tocadas se chama If I could turn back time, que é como quem diz Ó tempo volta p'ra trás...

Texto editado por Carla B. Ribeiro

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