Facturação dos ginásios cai 40% em 2020

Empresa de dados Informa DB conclui que os cinco principais operadores detinham, no ano passado, uma quota de mercado conjunta de 53%, por volume de negócios

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Nelson Garrido

A facturação dos cerca de 1025 ginásios em Portugal fixou-se em 175 milhões de euros em 2020, o que corresponde a uma queda de 40% face aos 290 milhões registados no ano anterior, revelou esta quarta-feira um estudo da Informa D&B.

De acordo com o estudo sectorial da empresa de dados sobre o tecido empresarial, de 2018 para 2019 o mercado dos ginásios cresceu 13,7%, ao passo que de 2019 para 2020 houve uma queda de 39,7%.

Em Fevereiro, ao PÚBLICO, o presidente da Associação de Ginásios e Academias de Portugal (AGAP), José Carlos Reis, dava uma leitura mais pormenorizada da situação, afirmando que já encerraram desde o início da pandemia cerca de 300 clubes, quase um terço dos espaços dedicados ao fitness em Portugal.

“Embora as previsões apontem para uma recuperação significativa na facturação dos ginásios em 2021, o seu crescimento será limitado pelo prolongamento da crise sanitária nos primeiros meses do ano e pelo seu impacto negativo no emprego e nos rendimentos disponíveis das famílias”, refere a Informa D&B.

Mesmo em 2021, é expectável que o volume de negócios dos ginásios fique ainda aquém do registado em 2019, embora cresça relativamente a este ano, devido à vacinação contra a covid-19 e eliminação das restrições sanitárias.

Em 2020, segundo a Informa DB, existiam cerca de 1025 ginásios em actividade em Portugal, aproximadamente menos 75 do que em 2019.

“A redução da actividade decorrente das restrições sanitárias decretadas para enfrentar a pandemia de covid-19 provocou esta quebra no número de estabelecimentos em actividade, após vários anos de crescimento sustentado”, conclui o estudo.

De acordo com a informação recolhida, “nos últimos anos regista-se uma tendência de concentração empresarial, promovida pelo avanço das principais cadeias que aumentaram consideravelmente o seu peso no mercado”.

Assim, os cinco principais operadores do sector por volume de negócios detinham, em 2020, uma quota de mercado conjunta de 53%, enquanto a dos dez principais atingiu os 62%.

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