“Bis” de Seferovic afasta V. Guimarães da Europa

Benfica apostou num “onze” alternativo, a pensar na final da Taça de Portugal, mas cumpriu sem problemas os objectivos a que se propôs.

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LUSA/HUGO DELGADO

O V. Guimarães perdeu, por 1-3, esta quarta-feira, na recepção ao Benfica, em partida da última jornada da I Liga, e falhou o objectivo europeu, deixando, na hora da verdade,​ escapar a qualificação para a Conference League, vaga reclamada pelo Santa Clara.

O Benfica chegou, no início da segunda parte, a uma vantagem de dois golos com a assinatura de Seferovic (48 e 58'), tendo Jorge Fernandes (63') reduzido para os vimaranenses, que estavam proibidos de fazer pior do que os açorianos. Os locais arriscaram tudo, estiveram perto de marcar, mas foi Everton a fechar as contas (90+1') 

Sem pruridos, Jorge Jesus deu mesmo primazia à final da Taça de Portugal e apresentou-se em Guimarães com um onze alternativo, salvo honrosas excepções. Seferovic, por exemplo, manteve a anunciada titularidade num ataque programado para explorar a imprevisibilidade de Pedrinho e, sobretudo, a velocidade e facilidade de Darwin desestabilizar a partir do corredor esquerdo.

Infelizmente para o Benfica, o central Lucas Veríssimo, igualmente chamado a jogo, foi forçado a abandonar, lesionado, o que poderá representar um problema para o duelo de domingo, em Coimbra, com o Sp. Braga.

Interessado na vitória que lhe garantiria a Europa, o V. Guimarães procurou desvendar os mistérios do golo, recorrendo a descodificadores como Rochinha, Edwards e até Quaresma, este de regresso à titularidade. A premência dos minhotos apresentava apenas um ligeiro inconveniente: o de criar o espaço e as oportunidades desejadas por uma “águia” incisiva e que só por falta de sorte não transformou em golo.

Depois de Pedrinho ter testado a atenção de Trmal, foi Mumin a salvar a pele do guarda-redes checo — rendeu Varela, lesionado. O central ganês negou o golo servido de bandeja por Trmal a Seferovic, na primeira grande oportunidade do encontro, a que se seguiram um cruzamento de Gilberto para Darwin (que chegou meio segundo atrasado) e nova tentativa, sem êxito, do uruguaio.

O Benfica era mais perigoso e o Vitória claramente incapaz de contrariar o rumo de uma noite assombrada pela cadência dos golos do Santa Clara, nos Açores. O sexto lugar complicava-se drasticamente, a menos que Quaresma tirasse um coelho da cartola, o que até tentou, ainda que sem grande convicção, pelo que Vlachodimos, depois de três meses de exclusão, resolveu sem problemas.

O cenário haveria de agravar-se com o golo de Seferovic, logo a abrir a segunda parte. O suíço perseguia o troféu de melhor marcador e bisava pouco depois, num golpe demasiado duro para as aspirações vitorianas.

A resposta de Jorge Fernandes, a reduzir a desvantagem, dava novo alento, mas o Vitória, que ainda viu Foster bater Vlachodimos num golo anulado por fora-de-jogo, desperdiçava um par de ocasiões flagrantes que lhe permitiriam escrever um final feliz, acabando inevitavelmente afastado do sonho europeu.

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