Feminista Gloria Steinem vence Prémio Princesa das Astúrias para Comunicação e Humanidades

O júri considerou que Steinem é uma referência icónica essencial do movimento dos direitos da mulher e que o seu activismo, “marcado pela independência e rigor”, ajudou a uma das grandes revoluções da sociedade contemporânea.

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LUSA/JEON HEON-KYUN

A jornalista e escritora norte-americana Gloria Steinem foi distinguida esta quarta-feira em Oviedo, Espanha, com o Prémio Princesa das Astúrias para a Comunicação e Humanidades 2021, anunciou a organização.

O júri considerou que Steinem é uma referência icónica essencial do movimento dos direitos da mulher e que o seu activismo, “marcado pela independência e rigor”, ajudou a uma das grandes revoluções da sociedade contemporânea.

Gloria Steinem nasceu em 1934 em Toledo, no estado do Ohio (Estados Unidos da América), e é uma figura destacada do movimento feminista americano desde o final dos anos 60 e início dos anos 70 do século passado.

A jornalista e escritora ganhou notoriedade com a publicação do artigo After Black Power, Women's Liberation na revista New York em 1969.

Steinem tem escrito sobre questões laborais e direitos das minorias, e cobriu manifestações cujas causas também apoiou publicamente.

Como activista, Steinem é agora considerada uma das figuras mais importantes e icónicas dos movimentos que defendem os direitos da mulher no seu país e também se destacou pela sua luta a favor da legalização do aborto, da igualdade de remuneração entre homens e mulheres, bem como contra a pena de morte, a mutilação genital feminina e o abuso de crianças.

Este foi o segundo dos oito Prémios Princesa das Astúrias a serem entregues, depois de na semana passada ter sido atribuído o galardão para as artes à artista sérvia Marina Abramovic.

Cada prémio consiste numa escultura do pintor e escultor espanhol Joan Miró — símbolo que representa o galardão —, 50 mil euros, um diploma e uma insígnia, que até 2019 foi entregue numa cerimónia solene presidida pelo rei de Espanha, Felipe VI, no teatro Campoamor, em Oviedo.

O prémio para a Comunicação e Humanidades já foi atribuído em anos anteriores a entidades e personalidades tão diversas como a Feira Internacional do Livro de Guadalajara e o Festival Hay de Literatura e Artes (2020), o Museu do Prado (2019), Les Luthiers (2017), Google (2008), as revistas Science e Nature (2007), National Geographic Society (2006), Umberto Eco (2000), Václav Havel e CNN (1997) e o jornal El País (1983), entre outros.

O galardão para a Comunicação e Humanidades distingue “o trabalho de criação e aperfeiçoamento das ciências e disciplinas consideradas como actividades humanistas e aquelas relacionadas com os meios de comunicação em todas as suas expressões.”

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