Pedro Sousa e Nuno Borges avançam no challenger de Oeiras

Quatro portugueses vão discutir o acesso aos quartos-de-final do torneio. João Sousa foi eliminado em Lyon.

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Pedro Sousa eliminou Damir Dzumhur DR

O bom momento que o ténis português atravessa está bem traduzido na qualificação de quatro tenistas lusos para a segunda ronda do ATP Challenger 125 Oeiras Open. Pelo segundo dia consecutivo, o centralito do Jamor foi palco para mais duas boas exibições dos jogadores da casa, Pedro Sousa e Nuno Borges, que se juntaram aos compatriotas Frederico Silva e Gastão Elias, apurados na véspera. Nesta quarta-feira, os quatro vão discutir o acesso aos quartos-de-final.

Pedro Sousa, 111.º no ranking mundial e oitavo cabeça de série não entrou muito bem, mas acabou por elevar o seu ténis para um nível tal, que o bósnio Damir Dzumhur (120.º) não conseguiu acompanhar. E depois de uma pequena queda, Dzumhur abandonou quando o lisboeta comandava por 3-6, 7-6 (7/4) e 4-0.

“Ele já foi top 25, é dos jogadores mais rápidos do circuito, tem uma excelente mão, varia muito bem o jogo e nestas condições é sempre perigoso. Não comecei muito bem tive um pouco de sorte e consegui dar a volta. Este é um dos courts mais bonitos do mundo, onde jogamos desde miúdos. Se calhar foi o ar do Centralito que me fez ganhar hoje”, afirmou Sousa, antes de adiantar: “Estou a jogar em casa, em condições a que estou habituado. Não digo que sou favorito, mas sou um dos que pode ganhar o torneio. Sei que também posso perder na próxima ronda porque o nível está bastante elevado”. 

De seguida, Nuno Borges (296.º) confirmou o bom momento que atravessa – passou o qualifying e uma ronda no Millennium Estoril Open e foi finalista num future em Espanha – e, com um duplo 6-4, derrotou o espanhol Bernabé Zapata Miralles (142.º), vencedor de um challenger no domingo, vingando a derrota no Maia Open, em Novembro. “Senti que em relação ao outro encontro tive outra disponibilidade para jogar e estive mais confortável nas trocas de bolas, enquanto ele estava mais irritado. Vinha desgastado de ganhar o outro torneio e tentei tirar proveito disso”, analisou Borges, recém-entrado no top 300.

Do contingente português, João Domingues (226.º) era o que tinha a tarefa mais complicada pois defrontou o quarto mais cotado da prova, Pedro Martínez (94.º). Apesar do bom ténis exibido por Domingues, o tenista espanhol foi mais forte nos pontos importantes e venceu, por 6-4, 6-2. “Ele foi superior, sobretudo nos momentos importantes, e conseguiu que eu não fosse capaz de impor o meu jogo. Tive as minhas oportunidades e não as aproveitei e isso tem muito a ver com a fase em que ambos nos encontramos: ele vem de bons resultados, o que faz com que um jogo equilibrado caia para o lado dele”, resumiu Domingues.

No ATP 250 de Lyon, João Sousa desperdiçou quatro set-points para forçar uma terceira partida com o polaco Kamil Majchrzak (129.º). O ainda número um português – Pedro Sousa está perto de o ultrapassar no ranking ATP – entrou mal no tie-break, cometendo duas duplas-faltas nos três primeiros pontos em que serviu e acabou eliminado, no quarto match-point, pelos parciais de 6-3, 7-6 (10/8).

No Gonet Geneva Open, Roger Federer regressou á competição com um sabor amargo. No segundo torneio desde o Open da Austrália de 2020 – disputou dois encontros em Março –, o tenista suíço esteve a comandar, por 4-2, no set decisivo com o espanhol Pablo Andujar (75.º), antes de uma série de erros conduzir a uma derrota, por 6-4, 4-6 e 6-4.

“É bom voltar ao court, mas quando se perde um encontro como este, ficamos em baixo. Sem dúvida que estava ansioso por jogar aqui, mas esta é uma conferência de imprensa onde tenho de explicar como me sinto por perder, o que nunca é fácil. Esperava mais de mim próprio”, admitiu Federer, após terminar a série de 32 encontros ganhos na Suíça.

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