Jardim desafia PSD a “mudar já” e acusa Costa de querer ser “um Nicolás Maduro à europeia”

Ex-presidente do Governo Regional da Madeira escreveu um artigo de opinião em que pede ao PSD nacional que denuncie “a propaganda socialista nas redes” e que defenda “a classe média com garra”.

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Alberto João Jardim, ex-presidente do governo madeirense Paulo Pimenta

O antigo presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, defendeu num artigo de opinião publicado nesta segunda-feira que PSD nacional tem de “acordar” e “mudar já” e “não esperar pelos resultados das eleições autárquicas”.

No artigo de opinião no Jornal da Madeira intitulado “Novo Rumo para o PSD nacional", Alberto João Jardim avisou: “O PSD nacional tem de mudar. E já! E estar quotidianamente na luta política”.

“Neste momento condeno o sentimentalismo de o PSD ter confundido ‘patriotismo’ com o ‘não fazer ondas’ nesta época de crise. Quando precisamente é necessária uma oposição efectiva, a tempo de corrigir os muitos erros, a tempo de acautelar a correcta resolução dos problemas gravíssimos que aí vêm, a tempo de reformar o sistema político”, acrescentou.

Para o antigo governante madeirense e ex-presidente do PSD-Madeira, “erradamente, tem-se abandonado à extrema-direita o monopólio da contestação do sistema, apesar de já no congresso nacional de Viana do Castelo se perceber que Costa, “bonzo” dos “interesses” situacionistas e de apetite hidrófito pelo poder, nada mudaria.

“Porventura ambiciona ser um Nicolás Maduro à europeia, veja-se agora a ocupação de propriedade privada em Odemira”, sustentou.

Alberto João Jardim recordou que já no congresso do PSD em Viana do Castelo, “se conhecia o programa do Governo Costa, que afirmava taxativamente recusar qualquer reforma estruturante” e que “se constatava situações de clara falta de educação e de desconsideração do PSD por parte de António Costa, um indivíduo que é forte com os fracos e só pode ser posto em sentido por uma oposição forte”.

“Em Viana, apesar de eu ter insistido que a agenda política fosse a do PSD, e não a de Costa e a do Presidente da República, deram palmas, mas “foram na onda”. Pior. Vejo os mesmo grupos que estiveram na ascensão de Passos Coelho, de novo mexerem-se para o regresso das “sociedades secretas”, do “genocídio social” e da subserviência internacional. Estão, cada vez mais, a envolver decisores nacionais, regionais e autárquicos dos sociais-democratas!?”, alertou.

“Denunciar a propaganda socialista nas redes de comunicação social, onde tem as rédeas dos subsídios para as respectivas sobrevivências” e “defender a classe média com garra”, bem como os pequenos e médios empresários e todos os que trabalham, numa oposição forte ao sistema de impostos asfixiante que, pela estatização, quer fazer de Portugal a Venezuela da Europa”, são alguns caminhos traçados pelo governante português que mais tempo esteve no poder.

Alberto João Jardim ainda defendeu que fosse dada “prioridade a tudo o que leve à criação de emprego” e a “desmontar as mentiras de Costa, demonstrando que “direita” não é o PSD, mas são todos os totalitarismos a que aquele se alia ou promove”.

Exorto todos os sociais-democratas portugueses a não estarem rotineiramente à espera das eleições autárquicas, para então se mexerem. Acordem!”, avisou.

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