O sorriso capitalista

Os empregados não podem só aparentar felicidade. Têm imperativamente de ser felizes. E esse tipo de noção propagou-se para todos os recantos da vida social. É obra. E certamente motivo para muita angústia e depressão.

Há semanas, numa sessão pública, disse que um dos principais problemas das relações sociais hoje é que existia um grande desconhecimento, na opinião pública, sobre como funciona o sistema económico global e o ecossistema mediático onde nos movemos. A minha perspectiva era a de que, falemos sobre questões micro ou macro, essas dimensões são omnipresentes, e têm de ser tidas em conta, independentemente das especificidades do que estamos a discutir. Mais: existe uma grande iliteracia sobre a actividade socioeconómica e mediática, mas todos julgamos saber como se regem, o que é ainda produtor de maiores equívocos. Às tantas obtive como resposta que nem tudo era tocado por essas extensões. “Não sei o que é que um sorriso tem a ver com o capitalismo”, ouvi às tantas, numa frase que gerou ressonância na sala.

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