Body Shop reabre uma loja com novo conceito e empenhada na sustentabilidade

Feita a partir de materiais sustentáveis, com uma estação refill, uma estação de água, e uma área activista, a loja do Colombo parece querer deixar claro que “actos aparentemente pequenos podem levar a grandes mudanças”.

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Loja de cosméticos Body Shop, no Colombo.
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Área activista da loja Body Shop, dedicada actualmente ao amor-próprio.
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Garrafas "refill" da loja Body Shop. Pode-se encher com champô, condicionador, gel de duche ou gel de mãos.

Depois de um ano que suscitou diversas preocupações ambientais devido ao aumento da utilização de produtos descartáveis em consequência da pandemia — luvas, batas, desinfectantes, embalagens de refeições take away, entre outros — a marca de beleza The Body Shop reabriu a sua loja no Centro Comercial Colombo, em Lisboa, com uma série de novidades que, declara, reafirmam o seu compromisso com a sustentabilidade ambiental.

A loja é, desde logo, feita com materiais sustentáveis, como madeiras reaproveitadas, plástico reciclado, alumínio, e outros produtos 100% reciclados que acabariam em aterros. É também a primeira da marca na Península Ibérica com uma estação refill — o cliente poderá optar por um de 12 modelos de garrafas de alumínio, disponíveis na loja (2,50€), que será usada para encher com produtos como champô, condicionador, gel de duche ou para as mãos (7€) — a primeira vez, o cliente gastará 9,50€, nas seguintes já só pagará o produto, desde que a garrafa chegue à loja devidamente higienizada, salvaguarda a Body Shop. Com esta mudança, a marca britânica calcula que o cliente pode evitar o uso de 32 garrafas de plástico por ano e a entrada de até 260g de CO2 na atmosfera. Por fim, há ainda uma estação de água onde os consumidores podem encher as suas garrafas, para consumo próprio — não precisam de as comprar na loja.

No âmbito do activismo, a loja introduziu um novo conceito – Activist Maker Workshop –, ou seja, uma área dedicada a “gerar mudanças sociais” e onde os clientes poderão saber mais sobre as campanhas em que a marca está envolvida, assim como participar nas mesmas. O objectivo é “aproximar o consumidor dos valores da marca”, explica Meritxell Escarra-Feller, a directora ibérica de marketing, ao PÚBLICO. Esta é a primeira loja deste género em Portugal, a segunda da Península Ibérica e a 15.ª no mundo. De momento, o tema que ocupa este canto da loja é o “amor-próprio”. A Body Shop lançou ainda o seu primeiro podcast português, que já contou com convidadas como a actriz Joana Barrios, a activista Sandra Baldé, e a psicóloga clínica Débora Água-Doce.

A Body Shop é pioneira na associação das empresas às preocupações ambientais. Além da utilização de produtos sustentáveis, tem procurado reduzir a sua pegada de carbono em conjunto com os seus fabricantes, e possui uma parceria com a Plastic for Change, que se dedica não só a reduzir a poluição do plástico mas também a melhorar as condições de vida das pessoas com baixas condições económicas nos países em desenvolvimento. O principal objectivo da marca é alcançar zero emissões de carbono líquido até 2030. Com esta nova concepção de loja, pretende-se mostrar que “actos aparentemente pequenos podem levar a grandes mudanças”, sublinha Meritxell Escarra-Feller.


Texto editado por Bárbara Wong

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