Rúben Amorim assume candidatura do Sporting ao título

Treinador assume a preparação da festa como natural, mostra-se indiferente à data da conquista e ressalva que a missão ainda não está completa.

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LUSA/JOSÉ COELHO

A três jornadas do fim, o treinador Rúben Amorim assumiu que chegou o momento de o Sporting ser candidato ao título. Quando faltam dois pontos para se sagrar campeão da I Liga de futebol, antes de receber o Boavista, na 32.ª jornada, o técnico decidiu fazer uma afinação no discurso.

“Sempre disse que, se chegássemos a este ponto, em que estivessem em jogo três pontos que nos dessem um título, obviamente que somos candidatos ao título. Vamos enfrentar uma equipa com bons valores, sei que precisam dos pontos para a manutenção, mas a pressão está do nosso lado”, sublinhou o técnico “leonino”.

O Sporting recebe na terça-feira o Boavista, às 20h30, e, em caso de triunfo, sagra-se campeão nacional 19 anos depois, mas pode até festejar já nesta segunda-feira, caso o FC Porto não consiga vencer o Farense. Amorim, confessa, quer é assegurar o título o mais rapidamente possível: “Sou a favor de ser campeão. Quanto mais cedo, melhor. Não ligo muito à beleza de ser no sofá ou no campo”.

“Se ganharem o campeonato [hoje], não vou ser eu que os vou mandar para a cama. Podem fazer o que quiserem, desde que apareçam aqui para jogar. A nossa ideia é ganhar ao Boavista para sermos campeões, não estamos a contar com os jogos dos adversários”, expressou o treinador, que se sente confiante para o jogo.

Questionado sobre se este será o título mais importante da sua carreira, incluindo a de jogador, Rúben Amorim enalteceu o “peso enorme” desta possível conquista, devido também à responsabilidade distinta enquanto treinador e pelo ano “completamente diferente”. “Ainda não somos campeões. Isso tem de estar na mente dos jogadores, que têm de ter a noção que ainda falta. Da mesma forma que tínhamos 3% de probabilidades no início, poderemos ter a mesma percentagem de perder o campeonato”, alertou, em alusão às probabilidades atribuídas a cada clube no início da temporada.

Amorim admitiu que o Sporting partiu “muito atrás” dos concorrentes directos, dada a época transacta, as dúvidas existentes, a remodelação do plantel ou a aposta na formação, tendo frisado igualmente que o plantel procurou levar esta semana de trabalho “com a máxima naturalidade”.

“Obviamente que os jogadores devem estar algo ansiosos, mas o que senti foi um entusiasmo muito grande. A equipa sabe que só depende dela, temos um jogo em casa, muita gente a contar com a nossa vitória e é isso que vamos tentar fazer”, assinalou.

A preparação da eventual festa “tinha de existir”, vincou Rúben Amorim, que sentiria como uma ofensa se o Sporting “não preparasse nada”, pois “era sinal que não confiavam” na equipa, não sabendo ainda se pode contar com Tabata e Tiago Tomás.

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