Trabalhista Sadiq Khan reeleito para segundo mandato em Londres

Sadiq Khan lamentou a divisão do país que as eleições revelaram. “Devemos usar este momento de recuperação nacional para curar essas divisões”, defendeu.

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Sadiq Khan discursa depois de serem conhecidos os resultados da capital HENRY NICHOLLS/Reuters

O trabalhista favorito à corrida da câmara de Londres Sadiq Khan foi reeleito para um segundo mandato com 55,2% dos votos, um resultado mais renhido do que nas últimas eleições, com os 44,8% do candidato do Partido Conservador, Shaun Bailey. A reeleição, esperada, foi ainda muita festejada pelos trabalhistas, depois de terem perdido alguns assentos locais, nomeadamente em Hartlepool.

Dos restantes 18 candidatos, ficou em terceiro lugar o candidato dos Verdes, Sian Berry, seguido de Luisa Porrit dos Liberais-Democratas. Na assembleia municipal, os trabalhistas asseguraram a maioria com 11 assentos, à frente dos nove lugares dos conservadores, dos três lugares dos Verdes e dos dois eleitos pelos Liberais-Democratas.

Khan tornou-se o primeiro mayor muçulmano a dirigir uma capital da União Europeia, quando foi eleito pela primeira vez em 2016. Quebrou, no mesmo ano, a governação de oito anos dos conservadores da capital do país. Confirmada a reeleição, afirmou ser “um mayor para todos os londrinos” e disse que irá trabalhar para “melhorar as vidas de todas as pessoas desta cidade”.

“Estou muito honrado com a confiança que os londrinos depositaram em mim para continuar a liderar a melhor cidade do mundo”, disse Khan no discurso da vitória. “Prometo usar todos os esforços para contribuir para um futuro melhor e mais brilhante para Londres depois dos dias negros da pandemia e criar uma cidade mais segura, justa e verde para todos os londrinos”, continuou.

Khan lamentou a “profunda divisão” do país e mesmo da cidade que os resultados eleitorais lhe revelaram. “As feridas do Brexit permanecem, uma guerra cultural dura está a dividir-nos ainda mais. Devemos usar este momento de recuperação nacional para curar essas divisões”. Referindo haver mais que une as pessoas, do que o que as divide, apelou à construção “de pontes, ao invés de muros entre a câmara municipal e o Governo”.

Sobre os resultados, Shaun Bailey afirmou que os londrinos não o “descartaram”, apesar das previsões das sondagens, jornalistas e das críticas dentro do partido. Congratulou o opositor, ainda que apelando para não “atribuir todas as culpas ao Governo” conservador.

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