Não se morre em nome de Deus

Estamos em 2021, caramba. E, quando devíamos estar a caminhar no sentido de uma maior tolerância religiosa, percebemos que há países a fazer o trajecto exactamente oposto.

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É assustador perceber que duas em cada três pessoas vivem em países com graves restrições à liberdade religiosa que é violada diariamente em quase um terço dos países do mundo Werner Forman/Getty Images,Werner Forman/Getty Images

Gostava de começar esta crónica pelo relato da história do empresário egípcio Nabil Habashy Salama, sequestrado em Novembro de 2020 por jihadistas. O motivo do sequestro? Nabil ousou ser cristão e financiar a construção de uma igreja num Egipto onde, apesar da retórica oficial de igualdade e fraternidade entre os cidadãos, os cristãos continuam a ser discriminados pela lei e vítimas frequentes de crimes violentos. A história de Nabil, que permaneceu cativo durante três meses, chegou há poucas semanas ao seu final e o Daesh, como quase sempre, fez questão de a tornar pública através das redes sociais. E no vídeo publicado podemos assistir ao homem cristão, ajoelhado no deserto com as mãos no colo, a ser fuzilado sem piedade por três carrascos armados com metralhadoras.

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