Após veto, Marcelo promulga decreto sobre contratação pública – apesar de “prever aumento de despesa”

Alterações do Parlamento foram, “nalguns domínios, tímidas”, diz o Presidente, que teve em conta o voto favorável do PS e a urgência da lei.

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Marcelo Rebelo de Sousa MANUEL DE ALMEIDA/lUSA

O Presidente da República promulgou este sábado o decreto do parlamento que aprova medidas especiais de contratação pública, tendo em conta as alterações introduzidas na sequência do seu veto de Dezembro, “apesar de prever um aumento de despesa”.

Segundo uma nota publicada no site da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa promulgou este decreto “atendendo às alterações introduzidas, decorrentes do solicitado ao Parlamento, ainda que, nalguns domínios, tímidas, e apesar de prever um aumento de despesa, de montante bem determinado, não previsto no Orçamento do Estado para 2021, mas considerando que o diploma teve o voto favorável do partido do Governo e dada a urgência de entrada em vigor desta lei”.

Este decreto que aprova medidas especiais de contratação pública e altera o Código dos Contratos Públicos foi aprovado pela Assembleia da República em 15 de Abril, com votos favoráveis da bancada socialista, abstenções do PSD, do Chega e da deputada não inscrita Cristina Rodrigues e votos contra das restantes bancadas e deputados.

O chefe de Estado tinha vetado em 5 de Dezembro do ano passado uma primeira versão deste decreto e justificou essa decisão com a exigência de um maior controlo da legalidade como contrapartida para uma maior simplificação.

Na altura, foi aprovado na Assembleia da República apenas com votos a favor do PS e abstenção do PSD.

Na base deste decreto esteve uma proposta de lei do Governo, que considerou esta legislação essencial para agilizar o processo de execução dos fundos europeus nos próximos anos.

A nova versão aprovada em 15 de Abril inclui alterações introduzidas pelo PS para procurar responder à posição do Presidente da República.

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