Clássico acabou ao rubro mas sem vencedores

Benfica inaugurou o marcador com golo de Everton, mas o FC Porto impôs-se e acabou por ser feliz na luta pelo segundo lugar.

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Benfica - FC Porto Mário Cruz/Lusa
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Benfica - FC Porto Mário Cruz/Lusa

Acabou sem vencedores o clássico de que o Benfica dependia para poder intensificar a luta pelo segundo lugar da Liga e garantir uma entrada triunfal na Liga dos Campeões. Para o FC Porto, o empate na Luz (1-1) poderá ter sido o último acto da discussão pelo título, ficando apenas o sabor agridoce de ter mantido o rival “encarnado” a quatro pontos, estando em condições altamente favoráveis de selar em definitivo a vice-liderança do campeonato. 

O resultado que ninguém desejava deixou, contudo, o Sporting a esfregar as mãos de felicidade e - com oito pontos de vantagem e três jornadas para disputar - a poder avançar rapidamente para a festa, antes mesmo de pisar o relvado da Luz, no clássico que se segue.

E se o FC Porto não fez tudo o que podia para levar ao limite o duelo com os “leões”, o Benfica só pode queixar--se de ter deixado correr o marfim, de ter confiado num golo caído do céu aos 23 minutos e de só ter mostrado que valia e merecia mais esta época já nos instantes finais da partida, quando realmente mostrou rasgos de candidato, construindo uma série de lances de golo que poderiam ter levado o adversário ao tapete. 

Taarabt esteve a milímetros do 2-1, com Marchesín batido e a barra a negar ao marroquino a possibilidade de se redimir do lance do empate. O Benfica ainda marcou por Pizzi, aos 90+2’, mas o VAR devolveu o chão ao FC Porto, anulando a jogada, por fora-de-jogo de Darwin. 

No fundo, o clássico acabou como devia ter começado, embora também por culpa de alguma sofreguidão portista por uma vitória que provavelmente nada acrescentaria à luta pelo primeiro lugar, abrindo brechas que o Benfica soube explorar sem conseguir capitalizar. 

Com isso, Sérgio Conceição arriscou deitar tudo a perder, depois de uma partida em que controlou o ritmo e esteve mais próximo de conseguir o objectivo que Jorge Jesus descartara. Com Corona fora do clássico, o treinador dos “dragões” fazia a vontade ao treinador do Benfica e apostava em Luis Díaz. O colombiano seria, aliás, responsável pelo primeiro remate do jogo e de praticamente todos os lances de perigo da primeira parte, que o FC Porto concluiu em desvantagem. 

Sem sujeitar os “dragões” a qualquer tipo de tensão, o Benfica procurava acercar-se da baliza, abusando de inconsequentes lances de bola parada. E sem a superioridade evidente de qualquer das equipas, o jogo caminhava para um campo em que só um erro permitiria estabelecer a diferença. 

Foi precisamente numa sequência de ressaltos e indecisões portistas que Everton se apropriou da bola e atirou para o fundo das redes. A eficácia das “águias”, que marcavam no primeiro remate, obrigava o FC Porto a assumir-se e a reclamar todas as iniciativas de perigo até ao descanso. Mas a verdade é que era o Benfica que estava em vantagem, resistindo às ameaças de Luis Díaz, Taremi e Marega, com uma bola (corte de cabeça de Vertonghen) no poste de Helton Leite, em lance anulado por fora-de-jogo a Marega, a ilustrar os momentos de maior aperto. 

Com mais Benfica no início da segunda parte, o FC Porto experimentou alguns problemas para conseguir a aproximação à área contrária, passando, inclusive, por momentos de angústia na defesa. Numa combinação rápida do ataque “encarnado”, Diogo Gonçalves caiu na disputa com Zaidu... lance em que o árbitro assinalou o segundo penálti revertido pelo VAR, acentuando a revolta das “águias” e um final de nervos. 

Uribe empatou aos 75’ e o FC Porto ameaçou recuperar o controlo, mas o desfecho poderia ter sido totalmente diferente, com o jogo a partir-se e o Benfica a terminar por cima e muito perto de vencer, o que só não aconteceu por 30 centímetros no lance do golo de Pizzi.
 

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