Risco de queda de objectos obrigou a pôr grades à volta do Banco de Portugal

Fachada do edifício na Almirante Reis precisa de intervenção e os andaimes estão agora a ser montados. Peões e automobilistas tiveram vida dificultada durante dois meses.

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Nuno Ferreira Santos

A fachada do Banco de Portugal na Av. Almirante Reis está em mau estado de conservação e existe o risco de caírem pedaços de betão sobre a rua. Há quase dois meses que está criado um perímetro de segurança em redor do edifício, o que o que tem dificultado a circulação pedonal e impedido o estacionamento numa rua lateral.

De acordo com fonte oficial do Banco de Portugal, esta quarta-feira começaram a ser montados andaimes que “servirão simultaneamente como equipamento de protecção colectiva e como plataforma de trabalho para a conclusão do diagnóstico pelos técnicos do Laboratório Nacional de Engenharia Civil.”

Foi este laboratório, em conjunto com o Serviço Municipal de Protecção Civil, que determinou a colocação de grades à volta do quarteirão “para a salvaguarda de pessoas e bens”, diz ainda o Banco de Portugal, acrescentando que a instalação de andaimes permitirá “normalizar o estacionamento público na Rua Francisco Ribeiro.”

Nos últimos, dias têm-se multiplicado nas redes sociais os protestos de moradores das redondezas que dizem que os cerca de 30 lugares retirados fazem muita falta a uma zona onde estacionar é um quebra-cabeças. A Câmara de Lisboa recebeu alguns protestos e justificou que estava a aguardar a entrega de elementos por parte do Banco de Portugal para autorizar a instalação dos andaimes e a obra de conservação da fachada.

Situado na esquina entre a Almirante Reis e a Rua Febo Moniz, o edifício Portugal é um dos maiores e mais marcantes dos Anjos, com uma longa fachada virada à Rua Francisco Ribeiro e prolongando-se até ao Regueirão dos Anjos. Foi construído entre o fim dos anos 1970 e o fim dos anos 1980. Ali funcionam grande parte dos serviços do Banco de Portugal, que também tem instalações na Baixa e na Rua Castilho. A instituição liderada por Mário Centeno diz que o edifício da Almirante Reis “tem sido alvo de diversas intervenções de melhoria nos últimos anos.”

Depois de um alerta do banco à autarquia, em meados de Março, técnicos da Protecção Civil municipal e da Unidade de Intervenção Territorial Centro deslocaram-se ao local e constataram “o risco real de queda de elementos pré-fabricados de betão das fachadas”, informa a Câmara de Lisboa. As grades foram colocadas pouco tempo depois e começaram agora a ser retiradas.

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