Chelsea junta-se a Manchester City em final inglesa da Champions

Real Madrid voltou a ser surpreendido pela equipa de Thomas Tuchel, tendo mesmo escapado a uma derrota pesada que só Thibaut Courtois conseguiu evitar. Blues carimbam terceira presença.

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Reuters/TOBY MELVILLE

O Chelsea venceu esta quarta-feira o Real Madrid, por 2-0, em Stamford Bridge, confirmando uma final exclusivamente inglesa na edição 2020-21 da Liga dos Campeões, agendada para o próximo dia 29, em Istambul, onde tem encontro marcado com o futuro campeão britânico, Manchester City.

Depois da igualdade (1-1) em Madrid, na primeira mão, a equipa de Thomas Tuchel reforçou a vantagem conquistada há uma semana antes mesmo de decorrida a primeira meia hora de jogo, acabando por conservar a diferença numa noite de inúmeras oportunidades e reduzida eficácia, sobretudo por parte dos londrinos. 

Sem excesso de autoridade ou tiques de prepotência, o Real Madrid tentava assentar o jogo e forçar o Chelsea a abrir espaços. Tarefa que os ingleses levaram alguns instantes a assimilar, antes de poderem apresentar os argumentos que obrigaram Courtois a duas intervenções de recurso para evitar o golo dos “blues”, na sequência de acções de Rudiger e Mount, a antecederem o lance em que Ben Chilwell (18') sacudiu as redes da baliza espanhola, num golo invalidado por fora-de-jogo.

Estava dado o aviso, superiormente descodificado por Karim Benzema, a obrigar Edouard Mendy a uma impressionante estirada para salvar os londrinos. O Real Madrid acabaria por conservar a bola, por rematar mais vezes, mas também por ver Timo Werner desfazer o nulo numa jogada em que Havertz picou uma bola devolvida pela barra num lance que o alemão concluiu de cabeça (28').

O Chelsea reforçava a vantagem na eliminatória e Mendy negava nova tentativa a Benzema, segurando o 1-0 ao intervalo. Ainda assim, resultado curto para carimbar a terceira final da Champions para os “blues” e a segunda consecutiva para Thomas Tuchel, a quem o Manchester City negara, na véspera, a possibilidade de o técnico alemão encontrar o antigo patrão Paris Saint-Germain para um pequeno “ajuste de contas” com os parisienses.

O golo inglês precipitou o Real Madrid num jogo de alto risco em que só a elasticidade e coragem de Courtois evitaram a leitura antecipada da sentença aos pés de Havertz e N'Golo Kanté, completamente isolados, já depois de Havertz ter acertado mais uma vez na barra e de Mount ter esbanjado ocasião flagrante com remate por cima da baliza.

O Real Madrid parecia incapaz de encontrar a luz ao fundo do túnel, tendo ficado completamente às escuras a cinco minutos dos 90 regulamentares, quando Mason Mount fechou as contas à boca da baliza, sem que Courtois pudesse operar um último milagre.

O Chelsea garantiu, assim, a terceira presença na final da Liga dos Campeões, negando a 17.ª aos recordistas da prova, que conquistaram o troféu pela última vez em 2018, ainda com Cristiano Ronaldo.

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