Sporting garante Champions e fica à espera de mais

“Leões” confirmam acesso à Liga dos Campeões em Vila do Conde. Resultado do clássico pode aproximar mais a equipa do título.

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LUSA/JOSE COELHO

Menos um jogo no “jogo a jogo” de Rúben Amorim e o objectivo mínimo cumprido. O Sporting venceu nesta quarta-feira, em Vila do Conde, por 0-2, o Rio Ave, garantindo a entrada directa na Liga dos Campeões com um dos dois primeiros lugares do campeonato que já não lhe vai fugir. Mas essa meta já parece curta para um “leão” que continua invencível à 31.ª jornada (e com 79 pontos, agora com mais nove que o FC Porto e 13 do Benfica, que ficou matematicamente afastado da luta) e que já só precisa de quatro pontos para garantir um título que lhe foge há 19 anos. E, dependendo do que acontecer no “clássico” na Luz, o próximo jogo (com o Boavista) pode ser já de celebração.

Como os castigos já não são o que eram, Amorim acabou por ir para o banco e não para a bancada. Em relação ao jogo anterior com o Nacional, Amorim fez várias mudanças, ente regressos esperados (João Mário, Inácio e Adán) e uma novidade surpreendente, o “ranhoso” João Pereira para o lugar do indisponível Porro, a primeira titularidade do veterano lateral-direito nesta sua terceira passagem pelo Sporting. De resto, tudo igual para atacar um Rio Ave que não tem no seu DNA entrincheirar-se na sua área, com Miguel Cardoso a apostar num ataque móvel formado por Coentrão, Dala e Brandão.

Para evitar os sofrimentos desnecessários de um passado recente, os “leões” foram afoitos na procura do primeiro golo e criaram múltiplas oportunidades na primeira meia-hora. Logo aos 7’, num canto cobrado por Nuno Mendes, Coates acertou no poste. O mesmo faria João Palhinha aos 14’ também num canto de Nuno Mendes, e, pelo meio foi Kieszek a deter um remate à queima-roupa de Nuno Santos, após boa acção colectiva que começou num lançamento. 

Não havia grande pressão alta do Rio Ave e o Sporting tinha todo o espaço para manobrar e criar perigo. O problema, já várias vezes referenciado por Amorim, era mesmo a finalização. A falta de pontaria repetiu-se aos 28’, numa dupla oportunidade de Pedro Gonçalves e Paulinho que os vila-condenses conseguiram limpar.

A presença constante do Sporting na área adversária acabaria por ter os seus frutos aos 30’. Paulinho foi atrás de uma bola que parecia perdida e conseguiu arrancar um cruzamento que seria desviado pelo braço de Ivo Pinto. Fábio Veríssimo não deu pela infracção, mas foi avisado pelo VAR e foi observar as imagens. Minutos depois, o árbitro apontou para a marca de penálti e Pedro Gonçalves fez o 0-1, naquele que foi o seu 18.º golo do campeonato.

Mesmo com a posse de bola relativamente equilibrada, o Rio Ave parecia demasiado passivo no jogo e a prova disso é que o seu primeiro remate surgiu apenas aos 41’, um pontapé de Júnior Brandão que Adán recolheu sem problemas. Miguel Cardoso tentou mudar isso para a segunda parte, com a entrada de Carlos Mané e as impressões iniciais foram boas, mas as iniciativas foram sempre inócuas.

Enquanto a diferença no marcador fosse mínima, tudo podia ainda acontecer. Mas os “leões” nunca perderam o controlo e justificaram em pleno o 0-2, aos 63’. Um mau alívio de Borevkovic deixou a bola à mercê de Paulinho e o avançado, bem longe da área, arrancou um tremendo pontapé que deixou Kieszek sem reacção.

Uma vantagem segura ainda com meia-hora para jogar? O Sporting não estava habituado a isto, mas lidou bem com a novidade, até porque o Rio Ave não lhe criou problemas nenhuns. Terá tido o final de jogo mais tranquilo dos últimos meses para garantir o objectivo mínimo. Mas é cada vez mais evidente que o Sporting não irá ficar por aqui.
 

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